@MASTERSTHESIS{ 2016:2008849939, title = {Dom Camilo v. Peppone : Josué Guimarães, pseudônimos e vozes em conflito}, year = {2016}, url = "http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/862", abstract = "O propósito principal desta pesquisa é interpretar crônicas jornalísticas das colunas Nosso pequeno mundo e Um dia depois do outro, publicadas em 1954 pelos “cronistas” fictícios Peppone e D. Camilo, ambos pseudônimos utilizados pelo escritor gaúcho Josué Guimarães, como enunciados construídos a partir dos discursos que as precederam, bem como das relações históricas em que estavam inseridas, apresentando-as como importantes manifestações discursivas que refletiram o contexto social da época em que foram publicadas, isso fez com que se tornassem verdadeiras obras literárias. Definiram-se, como corpora para esta pesquisa, as crônicas que representavam o embate entre as ideologias socialista e capitalista representadas pelos personagens cinematográficos de que Josué Guimarães apoderou-se para constituir seus pseudônimos. Também foram analisadas as crônicas que apresentavam indícios interdiscursivos com a obra As Muralhas de Jericó, de autoria de Josué Guimarães, visto que esta é estabelecida como o discurso pretérito potencializador das crônicas. Por estarem estabelecidas como enunciados que dialogam entre si de forma antagônico-ideológicas, esta pesquisa interpreta, a partir dos pressupostos teóricos de Mikhail Bakhtin (1997, 1998, 2003, 2006) relativos ao dialogismo e à polifonia, as vozes inseridas nas crônicas que debatem sobre duas forças sociais e políticas divergentes: o socialismo e o capitalismo. Propõe-se, desse modo, um estudo sobre os gêneros discursivos a partir dos preceitos bakhtinianos, enfatizando o gênero discursivo crônica. Para as análises das crônicas,fez-se necessária a contextualização histórica na qual estava inserido o escritor, jornalista e político Josué Guimarães, para, consequentemente, apreciar a composição dos enunciadores que assinavam as colunas, Volta ao mundo e Um dia depois do outro, como sujeitos sóciohistoricamente constituídos. Por meio da concepção de que um sujeito define-se como serevento único, sócio-historicamente situado e culturalmente impregnado de ideologias, constituído na relação com outros sujeitos, estabeleceu-se esta pesquisa que pretende reconstruir a memória do jornalista e escritor Josué Guimarães, figura imponente na imprensa e na literatura gaúcha e nacional, por meio do legado deixado pela sua família ao Acervo Literário Josué Guimarães (ALJOG/UPF). Os parâmetros propostos pelas análises desta pesquisa permitiram evidenciar que sujeito, história e ideologias não se separam, e que, na constituição da consciência desse sujeito, as vozes pretéritas são as responsáveis pelos enunciados e pelos atos responsivos que delas são recorrentes", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Estudos Linguísticos e Estudos Literários} }