@MASTERSTHESIS{ 2015:887445172, title = {A Revista Veja e o caso do menino Bernardo : um olhar da semiótica discursiva sobre uma reportagem}, year = {2015}, url = "http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/848", abstract = "Esta pesquisa volta-se ao estudo das estratégias enunciativas empregadas pela Revista Veja na produção de reportagens. Tem como objetivo analisar as estratégias enunciativas e compreender os efeitos de sentido decorrentes da articulação de recursos verbais e não verbais na construção do texto que contribuem para a adesão do enunciatário ao discurso veiculado, mobilizando-o para a leitura/consumo da revista. O corpus é um texto sincrético, uma reportagem da Revista Veja impressa Ele gritou, mas não deu tempo . Esta análise tem como aporte teórico a Semiótica Discursiva. A escolha dessa abordagem teórico-aplicada justifica-se pelo fato de que a Semiótica Discursiva contempla os estudos dos elementos da superfície textual, que convergem para a persuasão do leitor. A abordagem teórica norteadora é de base enunciativo-discursiva, amparada em Greimas (2013, 2014) e em outros estudiosos do assunto, como Fiorin (1996, 1997, 2006, 2008, 2012), Barros (2002, 2003, 2005, 2012) e Gomes (2005, 2007, 2008, 2009). Na perspectiva do discurso jornalístico, destaca-se Hernandes (2004, 2006, 2009) e, a respeito da formação sócio-ideológica, Bakhtin (2011, 2014). Os procedimentos metodológicos correspondem a uma pesquisa bibliográfica e qualitativa, com análise do corpus selecionado. Como resultados, verificamos que na reportagem analisada são empregados diversos recursos para obter o arrebatamento do leitor. Esses recursos podem ser divididos em dois grandes grupos, os de ordem racional (fazer-saber) e os de ordem passional (fazer-sentir). No primeiro grupo, observamos os recursos da actorialização, ancoragem, a delegação de vozes em discurso direto aos atores do enunciado, a objetividade e neutralidade por parte do narrador que se enuncia em terceira pessoa (coerções genéricas do gênero reportagem). No segundo grupo, evidenciamos os elementos de ordem passional, como o emprego das fotografias, o tipo de letra, a diagramação, as legendas, certas escolhas linguísticas como o uso de adjetivos, tempos verbais (tanto pelo narrador, quando pelos interlocutores), emprego da categoria de pessoa pelos interlocutores (1ª ou 3ª), elementos que levam o leitor a compartilhar dos sentimentos do interlocutor. O uso de todos esses recursos faz com que o leitor deseje comprar a revista, não apenas para se informar (querer-saber), mas também para sentir (querer-sentir). Além disso, a estrutura narrativa do texto remete aos contos de fadas, como o da Cinderela e o da Branca de Neve, o que constitui um arquétipo de narrativa com que o leitor se identifica, na medida em que desperta memórias cristalizadas. Evidencia-se, então, que elementos concernentes ao nível discursivo e também à narratividade implicada no texto constituem estratégias voltadas à adesão do leitor ao discurso veiculado", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Estudos Linguísticos e Estudos Literários} }