@MASTERSTHESIS{ 2012:2058564662, title = {Educação como mediação entre cotidiano e não-cotidiano : a construção da individualidade em Agnes Heller}, year = {2012}, url = "http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/740", abstract = "O presente estudo tem como objetivo analisar a relação entre vida cotidiana e educação e as possibilidades de formação da individualidade com aportes na filósofa húngara Agnes Heller. Compreendendo a vida cotidiana como a base interrogante das necessidades humanas, o dado primeiro e imediato que todo ser humano ao nascer entra em relação e para não perecer precisa apropriar-se dela, viver nela e dar prova de sua capacidade vital. Nesta esfera, o ser humano reproduz a si mesmo diretamente como particularidade e, indiretamente, a sociedade como ser genérico. No entanto, se permanecemos no nível da satisfação das necessidades geradas pela particularidade, nossa vida se reduz a cotidianidade. Desse modo, alienada. Quando a vida cotidiana se torna terreno da alienação o ser humano já não é capaz de cultivar suas próprias capacidades e qualidades de modo tal que se aproprie conscientemente do desenvolvimento humano promovendo a síntese entre particularidade e genericidade. No estudo que desenvolvemos, nos empenhamos em mostrar que existem mediações possíveis e capazes de promover essa síntese por meio da afirmação da individualidade como união vital destes elementos. O indivíduo é o sujeito capaz de escolhas mediadas que leva em conta o particular e o genérico. A individualidade expressa a re-apropriação da humanidade perdida no processo de alienação. Desse modo, o cotidiano pode ser lugar de liberdade, pois é ali que o ser humano vive sua vida e potencializa sua humanidade. A liberdade não é a inversão absoluta do cotidiano, mas um processo que resulta da produção do cotidiano feita pelo sujeito como individualidade. Esse processo parte do cotidiano e o cotidiano redunda como ponto de chegada. A tarefa transformadora do sujeito não é de adequação ao cotidiano, mas como esse sujeito produz liberdade no cotidiano. Neste sentido, a educação como formação crítica, autônoma e cidadã é horizonte entre o que é e o que pode ser, entre o cotidiano e o não-cotidiano na formação da individualidade. A educação que assume como tarefa a construção de sujeitos particulares em sujeitos individuais é um processo crítico e de humanização. Assim, ela é apresentada como processo de compreensão do contexto em que vivemos e dos elementos que são potencializadores e inibidores do desenvolvimento das capacidades e qualidades humanas, como também, é processo de tomada de consciência de que se queremos melhorar nossa vida (a nossa e a dos outros) precisamos atuar sobre esse contexto, não esperando que algo externo a nós ou alguém o modifique, ou seja, devemos atuar para gerar as condições que permitam a ampliação da individualidade. Neste sentido, a educação deve gerar a compreensão em torno do cotidiano opressivo e inviabilizador da individualidade, ao mesmo tempo, mostrar ao educando as possibilidades de liberdade gestadas do e no cotidiano.", publisher = {}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Educação} }