@PHDTHESIS{ 2025:1976911460, title = {A criança e os arranjos metafóricos: uma experiência de aquisição da língua}, year = {2025}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/3009", abstract = "Na relação com os outros de seu convívio, a criança adquire a sua língua materna e passa a fazer uso dessa língua de diversas maneiras, entre elas, a narrativa. No ato de narrar, a criança pode realizar deslocamentos e transferir sentidos entre as formas da língua para denominar algo no seu discurso. A partir disso, o estudo constituído nesta dissertação tematiza os arranjos metafóricos produzidos em narrativas de crianças em sua constituição na língua. A questão norteadora da pesquisa é: Qual o papel dos arranjos metafóricos produzidos nas narrativas de duas crianças, de 3 e 5 anos de idade, em sua trajetória de constituição na língua?. Para responder a essa questão, tem-se como objetivo geral analisar o papel dos arranjos metafóricos produzidos nas narrativas de duas crianças, de 3 e 5 anos de idade, em sua trajetória de constituição na língua, no período de 6 meses, e como objetivos específicos: a) refletir sobre como a aquisição da linguagem é teorizada nos estudos enunciativos; b) compreender os arranjos metafóricos produzidos nas narrativas de duas crianças em sua trajetória de constituição da língua a partir da perspectiva aquisicional enunciativa; e c) descrever os arranjos metafóricos a partir do procedimento técnico de estudo de caso. Por esse viés, busca-se apresentar uma reflexão sobre a aquisição da linguagem com foco na perspectiva enunciativa aquisicional (Silva, 2009), que é proposta a partir dos princípios de Émile Benveniste e apresenta um dispositivo teórico-metodológico para explicar a aquisição da linguagem (eu/tu-ele)-ELE: a criança eu, o outro de seu convívio tu, a língua ele e a cultura ELE. Também são os estudos de Diedrich (2022; 2023) que guiam as reflexões sobre a narrativa na fala da criança a partir dos princípios enunciativos, o que definem esta maneira de manifestação da língua como uma evocação de experiências anteriores na linguagem, recriando acontecimentos vividos ou imaginados. Além disso, na constituição do seu discurso, a criança pode instituir arranjos metafóricos, termo derivado do princípio benvenistiano de ¿transferências analógicas de denominações¿ (Benveniste, 2020, p. 40), que se relaciona com a transferência de formas e sentidos no discurso pela analogia com que se configuram no sistema da língua. Com esse percurso teórico, trata-se de uma pesquisa qualitativa, aplicada e exploratória, a qual analisa dados de duas crianças, uma de 3 anos, outra de 5 anos, os quais fazem parte de um corpus já constituído em projeto anterior, intitulado A narrativa da criança no contexto da pandemia de Covid-19: deslocamentos no simbólico da linguagem. Por fim, depreende-se com esta pesquisa que, segundo Silva (2009), é pela história de enunciações que a criança se instaura na língua da sociedade em que está inserida, sendo o outro do convívio que a convoca para enunciar e, a partir disso, ela passa a simbolizar e realizar deslocamentos entre as formas e sentidos da língua. Além disso, a criança mobiliza formas e sentidos desse sistema no discurso, o qual pode se materializar por meio de narrativas, e, nessa mobilização, os arranjos metafóricos, na relação com um tu, permitem a analogia de sentido e a transferência de conceitos.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Instituto de Humanidades, Ciências, Educação e Criatividade - IHCEC} }