@MASTERSTHESIS{ 2025:931344737, title = {Linguagem e trabalho em uma abordagem ergodiscursiva: práticas laborais de atividade docente nos períodos pandêmicos e pós-pandêmico da COVID-19}, year = {2025}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/3005", abstract = "O estudo que desenvolvemos, nesta dissertação, apresenta como tema Linguagem e Trabalho em meio a pandemia da Covid-19 e no contexto pós-pandêmico. O objetivo geral é analisar cenografias e respectivos ethos discursivos, que mobilizam saberes nas atividades laborais, diante das prescrições previstas e suas renormalizações pelos docentes, em suas práticas cotidianas, com base nas experiências vividas nos períodos pandêmico e pós-pandêmico da Covid-19, sustentadas por preceitos enunciativo-discursivos, em interface com a perspectiva ergológica da linguagem sobre o trabalho. Este estudo interdisciplinar ancora-se nas concepções teóricas que envolvem os preceitos teóricos de Yves Schwartz (2002, 2011, 2014, 2015, 2016, 2020, 2021), concentrando-se particularmente nos conceitos da ergologia, norma precedente e renormalizações, uso do corpo-si e suas as dramáticas. Concomitante a esses preceitos, adotamos os estudos de Nouroudine (2002, 2021), que envolvem a linguagem no, como e sobre o trabalho, assim como as pesquisas de Faïta (2002, 2021), considerando a linguagem como atividade. A esses pressupostos teóricos foram incorporadas as contribuições derivadas da análise do discurso, tais como: cena enunciativa, cenografia e ethos, conforme abordadas por Dominique Maingueneau (2008a, 2008b, 2010, 2012, 2013, 2016, 2020), além de Amossy (2016), sobre imagens de si no discurso e a projeção do ethos. Esta pesquisa classifica-se como aplicada, exploratória, bibliográfica, mediante pesquisa de campo, com abordagem qualitativa em sua análise. Os corpora selecionados para análise compreendem prescrições/normas estabelecidas pelo Consuper, do Instituto Federal Catarinense, emitidas durante o período da pandemia e por excertos dos depoimentos de professores, obtidos nas entrevistas não estruturadas, que foram realizadas, com perguntas abertas. Evidenciamos, nesta pesquisa, que a linguagem opera como mediadora interpretante nas adaptações às novas demandas e na reconfiguração das práticas laborais. Além disso, as cenografias refletem um contexto de ensino remoto fundamentado em diretrizes institucionais, projetando um ethos de domínio técnico e institucional. Esse ethos é marcado pela segurança na aplicação das normas e práticas pedagógicas, construindo uma imagem de expertise e confiabilidade. Verificamos, que tanto no contexto pandêmico, como no pós-pandêmico, o ethos projetado foi um ethos de responsabilidade, ethos de humanismo pedagógico, ethos engajado para se adaptar às novas tecnologias, além de um ethos de vulnerabilidade e adaptação, alguém que enfrentou desafios, ethos de isolamento, ethos frustrado. Nesse cenário, emergiram as dramáticas do uso de si, nas quais os docentes precisaram mobilizar diferentes posturas subjetivas para lidar com as exigências do ensino remoto e das mudanças abruptas em suas práticas. O agir em competência tornou-se um elemento central, pois a atuação docente exigiu, não apenas o domínio técnico e pedagógico, mas também, a capacidade de gerenciar incertezas, mediar interações em novos formatos e reinventar a prática educativa, em meio às adversidades. Essa mobilização de saberes se deu em múltiplos níveis, desde o uso das tecnologias até a ressignificação das relações pedagógicas, evidenciando o caráter dinâmico e adaptativo da atividade docente, diante dos desafios impostos pela pandemia.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Instituto de Humanidades, Ciências, Educação e Criatividade - IHCEC} }