@MASTERSTHESIS{ 2021:89844954, title = {Entre a guerra, o pós-guerra e um outsider: as narrativas mnemônicas de mangás pós-Segunda Guerra Mundial}, year = {2021}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2937", abstract = "Não é de hoje que o mercado dos mangás se faz presente em grande parte dos países do mundo. No entanto, sua explosão mercadológica mundial é muito recente (cerca de 40 anos), e muito mais recente são os estudos que envolvem o mangá como objeto histórico. Para fins desse trabalho, não voltaremos aos mangás e suas estruturas antes da Segunda Guerra Mundial, mas ater-nos-emos na sua forma contemporânea. Assim sendo, pretende-se num primeiro momento, abordar aspectos da história do Japão que contribuam para a pesquisa. Posteriormente, observamos as aporias da memória em contato com nosso objeto de estudo. Em um terceiro momento, reapresentar análises e temas que ligam história, memória e mangá a partir de outras pesquisas, em grande medida ainda deslocadas dos estudos brasileiros sobre mangá. Por fim, busca-se analisar as narrativas produzidas por três autores de mangás, os quais experienciaram a guerra de formas distintas, sendo eles: Shigeru Mizuki, com os quatro volumes de Showa e o mangá Marcha para a morte; Yoshihiro Tatsumi, no mangá Good-bye; e George Takei, no mangá They called us enemy. Para tal, a pesquisa é realizada de modo a entender que as imagens são, assim como a linguagem escrita, narrativas que precisam ser entendidas no seu contexto. No nosso caso, quando falamos de narrativa, pensamos ao mesmo tempo a imagem em conjunto ao texto escrito. Em nosso contexto, tornou-se possível observar que os mangás são fontes históricas essenciais para pensar a história do Japão, já que são produzidos pelos mesmos agentes que experienciaram as diferentes faces da guerra. Ademais, entendeu-se a memória, a história e o trauma como conceitos-chaves para observar o Japão após a Segunda Guerra Mundial a partir da análise dos mangás estudados, já que os mesmos foram elaborados sob memórias traumáticas, as quais permanecem em forma de feridas mnemônicas. Como foi verificado, as narrativas mnemônicas encontradas nos mangás dos nossos autores não são na totalidade negativas e traumáticas. Observamos que, mesmo em momentos de dificuldades, o espírito humano foi capaz de encontrar alegria e conforto nas pequenas coisas, como no caso de Shigeru Mizuki, quando ele foi salvo e alimentado pelos nativos, ou ainda na narrativa de George Takei, que escutava histórias de seu pai com o intuito de preservar um ambiente agradável para seus filhos, mesmo que em circunstâncias complexas. Todavia, também pôde-se observar que os eventos causados pela Segunda Guerra Mundial e seus desdobramentos, nunca cessaram de atormentar as famílias que, de alguma forma, se encontraram envolvidas. Por fim, mesmo que de forma encoberta no mangá de Tatsumi, quanto explicita nos mangás de Takei e Mizuki, o fato da guerra ser um acúmulo de sofrimento que nunca cessa de se fazer presente no cotidiano daqueles que se envolveram, resultou na produção de narrativas que apelam ao leitor evitar a violência e o preconceito a qualquer custo.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Instituto de Humanidades, Ciências, Educação e Criatividade - IHCEC} }