@MASTERSTHESIS{ 2023:111732983, title = {Memórias de militares dissidentes (1964-1985): depoimentos à Comissão Nacional da Verdade}, year = {2023}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2934", abstract = "Esta pesquisa tem como objetivo analisar a dissidência que um grupo de militares manifestou em relação às diretrizes institucionais adotadas pelas Forças Armadas a partir do golpe militar de 1964 e durante a ditadura que se seguiu até 1985. As raízes das divergências e os reflexos político-institucionais que se fizeram sentir sobre o grupo foram investigadas tendo como fonte principal o conjunto dos depoimentos de militares dissidentes, coletados pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), instalada em 2012. Tais depoimentos, colhidos no ano de 2013 e 2014, possibilitaram comprovar que foram alvo de sistemática perseguição política diversas arbitrariedades, sem desconsiderar que as falas dos envolvidos ocorreram num intervalo de mais de três décadas após os eventos analisados. Compreende-se que o contexto jurídicopolítico em que se desenvolve e se justifica a repressão contra esses militares está sustentado em termos teórico-conceituais na Doutrina de Segurança Nacional (DSN), que previa a eliminação de toda e qualquer ação que pudesse ser considerada subversiva e perigosa para a sustentação e manutenção da ditadura militar. Outro pilar basilar de sustentação da ditadura está relacionado ao conceito de Terrorismo de Estado (TDE), por onde se justificaria o mais rígido controle da ordem social como decorrente de um estado atingido por constante ameaça de desarticulação social. As dissidências no meio militar foram tratadas de forma rigorosa, pois não se admitia contestações internas, visto que se presumia uma correlação entre a quebra da ordem hierárquica das Forças Armadas e a possibilidade de fragmentação do regime por suas forças intrínsecas. Percebendo que havia uma lacuna no que se refere à pesquisa sobre a dissidência no âmbito militar, a problemática deste trabalho foi a organização dos depoimentos e suas possibilidades de lançar luz sobre esse particular, uma vez que maior parte da historiografia aborda a defecção de estudantes, sindicalistas e/ou trabalhadores urbanos e rurais. A ação de militares dissidentes, que questionaram o golpe em 1964 e se insurgiram contra a repressão que perdurou por 21 anos, é importante para contrapor à concepção de que na instituição militar havia perfeita coesão ideológica.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Instituto de Humanidades, Ciências, Educação e Criatividade - IHCEC} }