@PHDTHESIS{ 2022:710192226, title = {O impacto dos agrotóxicos nos peixes: parâmetros iniciais e efeitos persistente e transgeracional}, year = {2022}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2891", abstract = "A presença de resíduos de poluentes emergentes, como agrotóxicos, é uma realidade em todo o mundo. Provenientes de diferentes fontes, como aplicação direta, lixiviação das lavouras ou processos naturais de degradação seus efeitos em espécies não-alvo ainda são pouco conhecidos. O peixe-zebra é um excelente modelo para estudos ecotoxicológicos, pois apresenta alta prolificidade, embriões translúcidos, fecundação externa e rápido desenvolvimento. Os efeitos da contaminação dos peixes por concentrações ambientais foram avaliados pela exposição dos embriões durante o período de organogênese aos herbicidas mais utilizados atualmente, glifosato (GBH) e 2,4-D (DBH). Usamos concentrações ambientais de 4,8 ug / L para glifosato e 3,4 ug / L para 2,4-D. Em nosso primeiro artigo, avaliamos os parâmetros iniciais de desenvolvimento (mortalidade, eclosão, movimento espontâneo e frequência cardíaca), parâmetros comportamentais (teste de campo aberto e estímulo aversivo) e também os possíveis mecanismos de ação (SOD, CAT e AChE). Em nosso segundo artigo, avaliamos os efeitos persistentes da exposição nos animais adultos através dos testes do tanque novo e aversidade e depois realizamos a reprodução desses animais para verificar os efeitos transgeracionais na geração F1, com as mesmas análises da F0 (desenvolvimento inicial, parâmetros comportamentais e biomarcadores bioquímicos). Na geração F0, a exposição ao glifosato diminuiu a sobrevivência, causou hipermobilidade e comportamento ansiolítico, afetou negativamente o comportamento anti-predatório das larvas e aumentou a atividade da acetilcolinesterase, enquanto a exposição ao 2,4-D causou apenas ligeira hipermobilidade nas larvas e aumento da atividade da acetilcolinesterase. Na fase adulta, os peixes expostos ao GBH apresentaram hipermobilidade e sua reação antipredatória foi prejudicada, caracterizando um efeito persistente. As larvas da F1, dos peixes expostos ao GBH, tiveram alterações comportamentais e de sobrevivência, bem como efeitos na atividade da AChE e enzimas antioxidantes, caracterizando um efeito transgeracional. Quanto ao DBH, os peixes não apresentaram persistência dos efeitos na fase adulta, porém, não foram capazes de se reproduzir, o que demonstra que a exposição afetou a perpetuação da espécie. Essas alterações observadas em todas as fases dos animais podem comprometer a perpetuação da espécie, a busca por parceiros/alimentos e facilitar a ação de predadores, o que pode resultar em graves desequilíbrios ecológicos e comprometer a sobrevivência da espécie.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação}, note = {Escola de Ciências Agrárias, Inovação e Negócios - ESAN} }