@MASTERSTHESIS{ 2023:278635993, title = {Exercícios formativos da práxis benincaniana : diálogo e memória em sala de aula}, year = {2023}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2651", abstract = "A pesquisa objetiva investigar a escuta, o diálogo e a escrita da memória de aula enquanto exercícios formativos da Práxis Benincaniana e compreender de que forma contribuem na formação de professores e alunos, ressignificando a prática pedagógica escolar contemporânea. A pergunta central é formulada do seguinte modo: "Em que sentido os exercícios formativos de escuta, diálogo e elaboração da memória de aula são fontes transformadoras da prática pedagógica em sala de aula e dos sujeitos envolvidos no processo pedagógico?" Para dar conta desta, são consultados os textos de Elli Benincá e seu grupo de pesquisa; duas obras elaboradas por estudiosos a partir de sua vida e obra, a própria obra e o legado pedagógico do autor, assim como textos de autores, como Masschelein e Simons, Larrosa, Biesta, Foucault e Dalbosco. Benincá e os demais autores consultados no decorrer desta dissertação trazem a necessidade do estudo dos princípios filosóficos e pedagógicos da antiguidade greco-romana, em especial os textos de filosofia moral e da literatura, apontando para o perigo vinculado ao abandono dos clássicos. Ler Benincá em articulação com os textos clássicos e contemporâneos renova, atualiza e potencializa seu pensamento. Baseada no procedimento metodológico hermenêutico, a pesquisa é de natureza bibliográfica, de caráter qualitativo, elaborada a partir de uma revisão de literatura e organizada em quatro capítulos. O primeiro traz um breve relato da caminhada formativa da autora até o encontro com a obra e o legado de Benincá, apresentando e contextualizando brevemente a arquitetônica que compõe sua Práxis. Neste capítulo é apresentado, também, a metodologia da pesquisa e o percurso investigativo. O segundo capítulo compreende e contextualiza a escola e o ser humano mediante um diagnóstico escolar contemporâneo. Na sequência, o terceiro capítulo investiga a escuta e o diálogo enquanto pressupostos hermenêuticos clássicos da Práxis Benincaniana. Por sua vez, o quarto capítulo reflete os exercícios de leitura e escrita das memórias de aula enquanto postura pedagógica formativa e como importante fonte de resistência crítica à excelência administrada no espaço escolar. A Práxis Benincaniana é caracterizada pela formação e autoformação coletiva e compreende um processo metodológico de observação da prática - registrada e refletida de forma sistemática. A prática do registro, a releitura metódica dos textos, as sistematizações, a apresentação junto aos pares, o reescrever e a dinâmica da pergunta foram elementos estruturantes da Práxis Benincaniana. Desta forma, reconhecer e partir do senso comum, a fim de ressignificá-lo, é uma tarefa ético-epistemológica do professor/pesquisador comprometido com um projeto de sociedade transformador e inclusivo. Benincá acreditava ser possível compreender a práxis como necessidade permanente de ação pedagógica no processo de formação dos educadores, configurando-se como possibilidade de compreender, assimilar e superar os desafios contemporâneos da docência e da autoformação humana. Como resultado principal da pesquisa, tem-se que a análise dos textos selecionados leva à compreensão da mística cultivada por Benincá. Nesta, os exercícios de escuta, diálogo e escrita da memória de aula tornam-se um possível antídoto formativo e pedagógico quando tomados como desaprendizagem do ensino enquanto fazer técnico e burocrático da escola contemporânea.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Instituto de Humanidades, Ciências, Educação e Criatividade - IHCEC} }