@MASTERSTHESIS{ 2019:2091778991, title = {Arte pública, paisagem urbana e memória: monumentos passo-fundenses de Paulo Batista de Siqueira}, year = {2019}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2412", abstract = "Este estudo versa sobre os monumentos passo-fundenses de Paulo Batista de Siqueira, artista plástico, que utilizava para compor suas esculturas materiais de refugo, sobretudo ferro e aço, unidos pela solda e transformados em personalidades, deuses mitológicos, (i) migrantes, desbravadores, colonos. Apresentam-se elementos que delineiam de forma panorâmica a história do referido artista, bem como as relações de sentido presentes entre suas produções. A capacidade de Siqueira de criar, através de suas esculturas, representações identitárias, cuja memória é registrada nos monumentos, fez com que tanto grupos sociais quanto o poder público contratassem seus serviços. Os monumentos passo-fundenses em análise são arte pública que tem por característica a acessibilidade do público, possibilitando fruição estética e diálogo com os transeuntes e/ou visitantes. Dentre as obras de arte estão o monumento Teixeirinha, Trigo, Ferroviários, Metalúrgicos e Cavalariano que se inserem na paisagem urbana passo-fundense, alguns se tornaram símbolos da urbanidade de Passo Fundo. A problemática concentra-se em identificar as possíveis motivações que levaram determinados grupos políticos, sociais e culturais a propor e financiar tais monumentos. Concomitantemente, busca-se verificar como ocorreram os processos de composição das referidas esculturas, os sentidos simbólicos projetados no metal e a potencial valoração como bens patrimoniais, que intrinsecamente carrega elementos históricos e estéticos. A fundamentação teórica tem por base autores como Prats (1997), Canclini (1999) e Pesavento (2004) frente a compreensão de patrimônio como construção social. Considerando que os patrimônios se resignificam na interação com os seus leitores, evidenciam relações de poder, econômicas, políticas, culturais e as representações sociais arraigadas nos diversos grupos que compõem as sociedades. Neste sentido, o conceito de representações culturais torna-se central para o estudo, sendo a arte concebida como uma mediadora que possibilita ao interpretante evocar presenças ausentes. Somam-se a isso as noções de monumento e memória, com base em Le Goff (2003). Além das próprias esculturas, configuram-se como fontes de pesquisa periódicos que trataram do tema (proposição e inauguração dos monumentos), projetos de lei e decretos municipais, norteando as análises tanto em termos estéticos quanto históricos. Assim, embora os monumentos analisados sejam obras de arte, percebe-se que a valoração que ocorre não é pelo seu valor estético enquanto arte, mas sim por representarem algumas memórias específicas de elites, o que possibilita certo esquecimento e/ou apagamento em termos de coletividade.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }