@MASTERSTHESIS{ 2015:1107746343, title = {Uma análise da República Islâmica do Irã através das narrativas sequências Persépolis e O Paraíso de Zahra (1979-2009)}, year = {2015}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2405", abstract = "As obras Persépolis (2007), de Marjane Satrapi e O Paraíso de Zahra (2009), de Amir e Kalil valeram-se do gênero literário narrativa sequencial como suporte na construção de um discurso sobre a história do Irã contemporâneo desde fins da década de 1970 até o ano de 2009. Através da análise dessas obras, percorremos os eventos desse ínterim, a fim de evidenciar seus aspectos narrativos, discursivos e imagéticos, os quais foram promotores de uma representação sobre as transformações no cotidiano do Irã nesse período. Ambas as obras apresentam interpretações sobre esses momentos e permitem identificar a construção e desconstrução de expressões e memórias, individuais e coletivas, em meio aos processos de transformação política, social e cultural ocorridas no país. Para tanto, analisa-se os primórdios de conformação da sociedade iraniana, destacando a relevância de algumas lideranças que congregaram em torno de si elementos para uma representação política, religiosa e militar em uma sociedade cuja valorização dos sistemas de governo pautados na corporificação divina, ainda é evidente. Nesse percurso, salienta-se a figura do Aiatolá Ruhollah Khomeini como líder da revolução iraniana e mentor de um novo projeto de nação pautado em uma interpretação particular do Corão. Acompanhando o conteúdo presente nas páginas das narrativas em estudo, esmiúça-se a construção da República Islâmica do Irã sob a égide do modelo teocrático consolidado diante desta matriz referencial Khomeinista, inaugurada a partir do seu retorno do exílio e legitimada no contexto pós-revolução. Atenta-se também para os temas em destaque nas narrativas, cuja abordagem destacou as diversas formas de tortura da consciência através do corpo. Partindo dos conceitos de imagem, memória e narrativa, evidencia-se a construção de um “discurso fundador” e a sua conformação como diretriz predominante na atual postura adotada pelo governo iraniano, cujo projeto de nação construído no decorrer do processo revolucionário, consolidou-se por meio de práticas repressivas e sob forte contestação popular.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }