@MASTERSTHESIS{ 2019:2066848881, title = {Arte do espaço, espaço da arte: fronteiras da land art (1967-1977)}, year = {2019}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2369", abstract = "Esse trabalho disserta sobre características da relação que se desenvolve durante as décadas de 1960 e 1970 entre a arte, especificamente das propostas da land art, o espaço e a natureza. Tomamos como ponto de partida a percepção das categorias arte e natureza enquanto construções culturais de um tempo e espaço determinados. O contexto dos anos 1960, marcado pelos abalos econômicos, políticos e geográficos do pós Segunda Guerra Mundial, das novas ameaças nucleares da Guerra Fria, da invasão tecnológica do cotidiano, da explosão de movimentos pelos direitos das mulheres, dos negros, dos estudantes, do meio ambiente, da crítica crescente às instituições, é propício para que a arte tome novos rumos formais e conceituais. Nesse contexto, nosso objetivo concentra-se em conceituar e contextualizar o desenvolvimento e as características da land art de 1967 a 1977 e a postura adotada pela arte contemporânea com relação ao seu entorno. Para tanto, construímos uma revisão bibliográfica a partir da posição de historiadores, filósofos, sociólogos, críticos de arte e artistas, apresentando propostas artísticas que reiterem de forma exemplar nossas discussões. A partir dessa revisão, percebe-se que os artistas da land art exploram a interconexão da arte com outros campos e/ou conceitos. Tendo o ímpeto de repensar a relação da arte com o meio, especialmente com o espaço (em seu caráter histórico, cultural e físico), por meio da reinvenção do ato escultural nele inserido, os artistas fazem uso de terrenos de grandes dimensões, muitas vezes afastados da intervenção humana. A arte procura na natureza não mais um molde a ser representado e aperfeiçoado pela técnica, mas um cenário interativo para suas provocações, que passam a ser muito mais intelectuais, deixando de lado a centralidade do objeto, da visão e da materialidade na arte. Em sua negação ao objeto e sua materialidade, apresentam ao público e ao mundo a arte, registros da existência de um ato/processo artístico, ocorridos em um tempo ou espaço que não aqueles de sua exposição. A fotografia assume de forma cada vez mais recorrente o lugar físico expositivo da obra de arte, colocando em questão o que é ou não considerado arte, expandindo as fronteiras desse conceito. Além desse questionamento técnico, por meio de nossas investigações, percebemos que a earth art é um convite à apreciação da natureza e a percepção do espaço enquanto parte das relações humanas. Nossa pesquisa, por sua vez, é um convite à compreensão dessas práticas artísticas enquanto parte do mundo cultural construído socialmente.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {CIENCIAS HUMANAS: HISTORIA} }