@PHDTHESIS{ 2022:1171619872, title = {Polifarmácia em pessoas idosas: um estudo longitudinal na atenção primária à saúde}, year = {2022}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2349", abstract = "A polifarmácia é frequente entre idosos e considerada um problema de saúde pública mundial. A prevalência e os riscos da polifarmácia, assim como, a necessidade do uso racional de medicamentos, são temas amplamente estudados. No entanto, pouco se sabe sobre o desenvolvimento da polifarmácia, entre pessoas idosas, ao longo do tempo. Essa escassez de evidências longitudinais e prospectivas, sobretudo no contexto brasileiro, limita nossa compreensão sobre a epidemiologia da polifarmácia e pode levar à subestimação do impacto do uso de medicamentos entre idosos. Diante disso, esta tese teve como objetivo identificar quais mudanças ocorreram no padrão de uso de medicamentos de idosos residentes no município de Coxilha, Rio Grande do Sul, Brasil, entre os anos de 2010 e de 2021. Os objetivos específicos incluíram verificar a incidência de polifarmácia em uma população de idosos no período de 11 anos, conhecer os fatores de risco para a polifarmácia em uma população de idosos e comparar a prevalência e os fatores associados à polifarmácia em idosos de 60 a 70 anos de idade, de duas coortes de nascimentos: coorte A (nascidos entre 1940 e 1950), entrevistados em 2010 e coorte B (nascidos entre 1951 e 1961), entrevistados em 2021. Foi desenvolvido um estudo longitudinal prospectivo de coorte dinâmica, de base censitária. A linha de base ocorreu no ano de 2010 e incluiu todos os residentes com idade igual ou maior a 60 anos. O seguimento ocorreu no ano de 2021, quando um novo grupo de idosos com idade entre 60 e 70 anos foi incluído no estudo, correspondendo a todos os residentes do município nessa faixa etária. A coleta de dados ocorreu por meio de um inquérito domiciliar, utilizando-se um questionário estruturado. Para a análise dos dados utilizou-se a regressão de Poisson com variância robusta. O nível de significância adotado foi de 5%. Foram desenvolvidas duas produções científicas em formato de artigo. A primeira produção, Capítulo 3, apresenta a incidência e os fatores de risco para a polifarmácia no período de 11 anos. A investigação revelou que 46,1% dos idosos fizeram a transição para a polifarmácia no período de 11 anos. O maior número de problemas de saúde foi um fator de risco para a polifarmácia (RR=1,177; IC95% 1,093 – 1,267). A segunda produção, Capítulo 4, compara a prevalência e os fatores associados à polifarmácia, em idosos de 60 a 70 anos de idade, de duas coortes de nascimentos. Entre os idosos da coorte A, 16,2% faziam uso de polifarmácia, associada à autoavaliação de saúde negativa (RP=3,295; IC95% 1,215 – 8,936), à maior idade (RP=1,157; 1,053 – 1,270) e número de problemas de saúde (RP=1,238; 1,120 – 1,369). Entre os idosos da coorte B, 40,4% faziam uso de polifarmácia, associada ao maior número de problemas de saúde (RP=1,159; 1,111 – 1,208). Esses achados seguem a tendência observada em países de alta renda e tem implicações para a prática futura na Atenção Primária à Saúde, podendo instruir o desenvolvimento e aperfeiçoamento de políticas, ações e serviços voltados ao grupo etário idoso.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano}, note = {Faculdade de Educação Física e Fisioterapia – FEFF} }