@PHDTHESIS{ 2022:1697582531, title = {Democracia em tempos sombrios: desafio da educação e das políticas educacionais na formação democrática}, year = {2022}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2336", abstract = "A tese “Democracia em tempos sombrios: desafios da educação e das políticas educacionais na formação democrática”, defendida no PPGEDU/UPF, na linha de Políticas educacionais, objetivou compreender a crise da democracia na contemporaneidade, bem como pensar em processos formativos e perspectivas políticas educacionais que levem à autonomia e à emancipação social, visando uma democracia de alta intensidade. O problema investigado diz respeito a como fortalecer e ampliar as experiências democráticas radicais, considerando o contexto marcado pela racionalidade concorrencial, pelo empobrecimento subjetivo e pela crise de representatividade que atinge, sobremaneira, a política. A hipótese aponta para a necessidade de transformação estrutural, a partir da pressão política sobre as medidas governamentais (do Estado), e de mentalidade, na direção do princípio da cooperação. A metodologia de trabalho privilegiou a pesquisa bibliográfica, assim como fontes documentais e dados estatísticos. Desenvolveu-se uma seleção ampla de autores visando construir um diagnóstico abrangente da realidade e prospectar uma nova “gramática social” a partir das experiências históricas. A trajetória seguida para dar conta deste empreendimento foi estruturada em três capítulos teóricos: “Tensão entre capitalismo (neoliberal) e democracia”; “Ambiguidades e potencialidades da democracia inaugurada no século XXI”; “Condições para a educação para a democracia”. Filiamo-nos, nesta tarefa, à tradição dialética para dar conta da complexidade dos acontecimentos, visando superar interpretações lineares dos fatos que envolvem o campo da educação. Esse exercício buscou fazer uma hermenêutica social, identificando alcances e limites da democracia para projetar avanços democráticos concebidos como modo de vida e não apenas como regime de escolha de representantes. A pesquisa revelou que a tarefa de educar para a democracia é complexa e que para tal faz-se necessário um movimento articulado entre sujeitos individuais e grupos sociais, mediados por processos formativos sustentados numa noção de pertencimento coletivo. Não se trata, portanto, de uma tarefa restrita à educação formal, mas deve privilegiar uma formação cultural ampla para o conjunto da sociedade, mediante o desafio de constituir e articular-se em “comunidades” com projetos comuns. Constatou-se que, no contexto atual, é imprescindível problematizar o funcionamento do capitalismo neoliberal em suas diversas formas de captura do poder por parte de grandes corporações e do esvaziamento do conteúdo da democracia que ocorre pelo sequestro da subjetividade e pelo predomínio de uma racionalidade concorrencial. A conclusão aponta para o desafio de consolidar uma educação pública de qualidade e o aperfeiçoamento de redes democráticas mediante a atuação de grupos sustentados no pensamento crítico-reflexivo e orientados pela utopia da cooperação e da reciprocidade. Educar para a democracia implica, pois, sustentar uma concepção democrática como dinâmica de ampliação permanente de espaços de participação direta dos cidadãos e uma noção de educação como processo social de troca de saberes constituintes de comportamentos sociais.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educação – FAED} }