@PHDTHESIS{ 2020:1532064578, title = {Nanorremediação em diferentes solos contaminados com Pentaclorofenol (PCP)}, year = {2020}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2212", abstract = "O Pentaclorofenol (PCP) é um composto organoclorado capaz de contaminar o solo e também a água, sendo altamente tóxico e carcinogênico. Estudos utilizando nanopartículas de ferro de valência zero (nFeZ) têm mostrado sua capacidade de atuar sobre o PCP, uma vez que possuem potencial de oxidação e redução e atuam na transferência direta de elétrons entre as partículas, gerando desalogenação e/ou decloração redutiva. As partículas de nanoferro, por apresentarem alta reatividade, mobilidade em meio poroso e baixa toxicidade, são consideradas importantes agentes de descontaminação, mas podem atuar de forma diferenciada de acordo com as características físico-químicas dos solos. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a eficiência do nFeZ para a degradação do PCP em diferentes tipos de solos naturais. Foram analisados quatro solos diferentes, pertencentes às quatro regiões geológicas do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, compreendendo Latossolo (Planalto de Derrames), Argissolo (Depressão Periférica), Planossolo (Escudo Rio-Grandense) e Gleissolo (Planície Costeira). Para a caracterização físico-química dos solos antes da contaminação pelo PCP foram realizadas análises químicas do solo, granulométricas, difração e fluorescência de raios X. Os solos foram contaminados com uma solução padrão de PCP solubilizado com hexano (100 mg/L). As amostras foram divididas, sendo utilizadas duas concentrações de nFeZ – 25g/kg e 50g/kg, analisando a eficiência nos dias 1, 7, 15 e 30. Para a análise dos dados, foi utilizado o teste Kruskal-Wallis, analisando as variáveis tempo, concentração e solo no efeito degradação do PCP (p<0,05). Na caracterização físico-química dos solos, observou-se que o Latossolo e o Argissolo foram classificados como argilosos, apresentando pH baixo, elevado teor de matéria orgânica e capacidade de troca catiônia, com formação argilomineral predominante 1:1 (caulinita e hematita). O Planossolo foi classificado como franco argilo arenoso, e o Gleissolo, como argilo arenoso, ambos com menor acidez, pouca matéria orgânica e baixa capacidade de troca catiônica, bem como com predomínio de argilominerais 2:1 (albita e montmorilonita). Quanto à eficiência do nFeZ sobre o PCP, a variável tipo de solo não apresentou diferença estatisticamente significativa, ou seja, as diferenças químicas, físicas e mineralógicas dos solos não tiveram influência na degradação do PCP pelo nFeZ. O tempo de reatividade e as diferenças de concentração do nanoferro foram estatisticamente significativos para a degradação do PCP. A concentração de 50g/kg teve maior pico de degradação nos primeiros 7 dias, decaindo ao longo do tempo. Na concentração 25g/kg, a maior degradação foi observada no Planossolo com uma eficiência de 66,72%, seguido do Gleissolo (63,56%), Latossolo (58,60%), e Argissolo (57,07%). Na concentração de 50g/kg, a degradação maior foi no Planossolo (86,59%), seguido pelo Gleissolo (74,18%), Argissolo (72,98%) e Latossolo (72,76%). Os resultados obtidos apontam que uma maior incidência de coloides no solo, como ocorre em solos argilosos, pode criar espaços menos reativos para a ação do nFeZ, pois essa nanopartícula também é adsorvida neles. Nos solos arenosos, há maiores espaços entre suas microestruturas, tendo o nanoferro maior condição de reatividade e, por consequência, de ação frente ao PCP.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental}, note = {Faculdade de Engenharia e Arquitetura – FEAR} }