@PHDTHESIS{ 2021:1135979661, title = {Sujeito, narrativa e capacidade : uma perspectiva renovada de formação humana a partir de Paul Ricoeur}, year = {2021}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2155", abstract = "A presente pesquisa é vinculada à linha de Fundamentos da Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Passo Fundo (UPF/RS) e objetiva explorar, com base nos conceitos de sujeito, narrativa, capacidades e justiça social, uma noção renovada de formação humana, tomando como alicerce teórico o pensamento de Paul Ricoeur. Entendemos que pensar tal perspectiva exige, na contemporaneidade, uma abordagem que avance para além de uma dimensão subjetivista e autocentrada de sujeito, cujo poder de constituir-se recai sobre si mesmo. Nesse sentido, a questão que orienta esta tese consiste em compreender que noção de formação humana – tendo o ideal de Bildung como referência – pode ser postulada mediante a relação entre os conceitos de sujeito, narrativa, capacidades e justiça social em Paul Ricoeur. Nossa posição é de que uma noção renovada e alargada de formação exige uma articulação a uma perspectiva ética de reconhecimento do outro, vinculada ao mundo e mediada por instituições justas. Metodologicamente, a pesquisa adota um enfoque qualitativo quanto à natureza do problema e um cunho teórico-bibliográfico quanto aos seus procedimentos. Epistemologicamente nos concentramos numa perspectiva hermenêutica concebida para além de um método lexiológico de interpretação de textos adotando-a como meio para tecer leituras e compreensões de si mesmo, do outro e do mundo. O trabalho apoia-se nas obras Tempo e narrativa, O si-mesmo como outro, Escritos e conferências, Leituras, O justo e Percurso do reconhecimento, de Ricoeur. Entendemos que uma concepção de formação enquanto autoformação, postulada a partir do pensamento ricoeuriano, está associada às condições e possibilidades de desenvolvimento das capacidades humanas, a saber, aos âmbitos linguístico (sujeito falante), fenomenológico (sujeito agente), hermenêutico (sujeito narrador) e ético (sujeito capaz de imputar moralmente). Tendo em vista essa compreensão, buscamos evidenciar a concepção de sujeito apresentada na obra de Ricoeur com base no equilíbrio entre um sujeito exaltado (Descartes) e um sujeito humilhado (Nietzsche), de modo a compreendê-lo como um si em toda a extensão deste pronome reflexivo. Em seguida, evidenciamos a particularidade da capacidade narrativa e sua função mediadora, articuladora das diversas capacidades que constituem o sujeito, de maneira a facultar a atribuição de um sentido ao si a essa ideia de sujeito. Na última etapa do percurso argumentativo posicionamos aquilo que entendemos como noção renovada de formação humana que encontra sua ancoragem no desenvolvimento das capacidades em sua dimensão tanto individual quanto social. São as condições e possibilidades de desenvolvimento das capacidades em todas as suas direções que configura a identidade narrativa. Por essa razão, defendemos que Ricoeur compreende que as capacidades são atravessadas por todas as dimensões do agir e do viver, desde o plano linguístico, ao fenomenológico, hermenêutico e ao ético, de modo a oferecer uma noção alargada do si. Por conseguinte, o sujeito, enquanto elaboração narrativa, é a síntese de um percurso de uma vida que não se faz solitariamente, mas na mediação com o outro, com as instituições e com o mundo da vida, formação essa sempre mediada, relacional e transitória, tecida constantemente a partir do vínculo social.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educação – FAED} }