@MASTERSTHESIS{ 2020:1785617283, title = {Precarização do trabalho e adoecimento: a realidade de professores de uma rede de educação num município ao norte do Rio Grande do Sul}, year = {2020}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2016", abstract = "A presente dissertação trata de um tema que vem ganhando cada vez mais relevância no âmbito acadêmico e social. Estudos que relatam as condições de trabalho e suas relações com o adoecimento de trabalhadores crescem no Brasil, principalmente a partir da década de 1980, com a expansão das avaliações sobre saúde mental. Nas décadas anteriores, o foco das investigações sobre saúde dos trabalhadores estava direcionado para acidentes de trabalho e doenças ocupacionais do corpo, enfocando a atividade do trabalhador como a responsável pelo adoecimento. Considerando as mudanças ocorridas no mundo do trabalho nas últimas décadas, mostramos de que forma a reestruturação do capitalismo em sua fase neoliberal contribui para o adoecimento de professores. Como objetivos específicos pretendeu-se identificar as particularidades do mundo do trabalho na sociedade neoliberal, ; compreender o trabalho enquanto gerador de adoecimento e analisar a realidade do adoecimento do professor em uma rede de um município do norte do Rio Grande do Sul. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental, de abordagem qualitativa, tendo como universo de pesquisa a rede municipal de educação. A base bibliográfica contou com a contribuição de autores como Marx, Antunes, Byung-Han e Sennett. Os dados documentais foram analisados com o apoio de Bardin, por meio de uma análise de conteúdo, que possibilita a descrição do conteúdo das comunicações e analisa o que pode ser anunciado após o tratamento destes conteúdos. Neste contexto investigado, fica evidente a influência do modo de produção capitalista neoliberal no acercamento das interfaces entre trabalho e adoecimento. Por este prisma, o entendimento do adoecimento de professores pode ser deslocado de uma lógica estritamente focada na atividade em sala de aula, como fator gerador isolado do adoecimento, para se pensar nesse fenômeno como decorrente da organização social. Com base nos dados disponibilizados em diálogo com a produção bibliográfica é possível concluir que a racionalidade neoliberal, norteadora das relações de produção, adentra cada vez mais na escola que vem sendo utilizada para a propagação do ideário do sujeito neoliberal competitivo e vencedor, e vivencia a precarização das condições de trabalho, tornando a atividade docente mais intensa, flexibilizando e individualizando as responsabilidades pelo sucesso ou fracasso escolar e, consequentemente, jogando inúmeras atribuições aos docentes, fatores que agravam o adoecimento do professor.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educação – FAED} }