@MASTERSTHESIS{ 2014:1409241942, title = {Em memória da cativa, uma memória que cativa? Análise da construção dos monumentos, da memória e da patrimonialização do Chafariz da Mãe Preta e da Praça da Mãe de Passo Fundo}, year = {2014}, url = "http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/172", abstract = "Este trabalho analisou o processo de patrimonização de dois bens culturais coletivos enquanto patrimônios históricos culturais da cidade de Passo Fundo. O Chafariz da Mãe Preta, que faz referência a uma pessoa escravizada, a Mãe Preta, e que foi construído em 1863, antes, portanto, da abolição da escravatura no Brasil, e o Monumento à Mãe, edificado um centenário após o primeiro, em 1964. A problemática discorre no sentido de identificar as possíveis tramas de relações entre os sujeitos que decorreram na inauguração de ambos os monumentos, de forma que seja possível considerar o modo como, no decurso da história municipal, ocorreu o processo de composição dos referidos espaços de memória, constituindo-se como bens patrimoniais que carregam elementos de materialidade história, quais sejam os monumentos propriamente ditos. Volta, também, o olhar sobre a imaterialidade simbólica, no sentido de que os bens analisados apresentam características que se reportam a noções indentitárias e que a estes são atribuídas significações e representações diversas e contraditórias. Assim, objetiva-se compreender as relações que se estabeleceram no âmbito político municipal, as quais propiciaram a criação dos monumentos. Busca-se o entendimento do conjunto das relações culturais, simbólicas e sociais, ponderando as diversas significações e representações que sofreram no decurso de sua historicidade, e os usos que lhes foram aferidos na perspectiva da construção e reconstrução de sentido frente à relação entre história e memória, ou memória e história, para considerar a existência, ou não, de um vínculo causal entre o Chafariz e o Monumento. A fundamentação teórica sustenta-se em duas perspectivas: uma de Jacques Le Goff, frente às considerações de que a memória é a propriedade de conservar certas informações; outra de Roger Chartier, na acepção de que a realidade histórica só chega ao historiador por meio de representações, pois, em diferentes épocas, a realidade social é construída, dotando o presente de significado. Viabilizando o acesso às informações disponíveis acerca dos bens patrimoniais, a pesquisa constituiu-se em análise de registros iconográficos, buscando perceber como os monumentos foram representados enquanto objetos e como, a partir dos objetos, os indivíduos representaram os monumentos. Registros escritos foram consultados com a intenção de reconstruir as informações neles constantes, a fim de perceber os pontos convergentes e os divergentes acerca dos dados históricos que envolvem o Chafariz e o Monumento. Recorrendo-se a registros orais da história, realizou-se processo de entrevistas. E, por fim, aplicou-se ficha de coleta de informações. Quando de posse desses dados, fornecidos por depoentes, verificou-se como os monumentos na atualidade são significados, representados e o que permanece na memória da população, envolvendo a história dos monumentos, a partir do instrumento de análise amostragem. Assim, embora se acredite que o que permanece hoje de memória acerca dos monumentos diz respeito à sua história, percebe-se que isso não é totalmente verdade. De fato, o fazer histórico reconduz a novas leituras e interpretações, e, em muitos casos, o que fica talvez evidente é um processo de apagamento da memória, assim, não há representação ou significação para história coletiva, realidade que favorece o esquecimento pelo ente social ou político", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {História} }