@MASTERSTHESIS{ 2008:2001002788, title = {"A revista A Família Cristã e o discurso anticomunista (1960-64)"}, year = {2008}, url = "http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/137", abstract = "Este trabalho tem como objetivo analisar as manifestações do anticomunismo católico, veiculadas especificamente na revista A Família Cristã, no período 1960-1964. Essa Revista passou a ser publicada no Brasil a partir de 1934, sob inspiração da Revista italiana Famiglia Cristiana, de onde vieram alguns artigos, traduzidos e adaptados para a realidade brasileira. A Revista A Família Cristã tinha como missão precípua a evangelização através da imprensa . Nesse sentido, era dirigida à família, notadamente à mulher, constituindo-se seu principal público leitor. A veiculação de conteúdos relacionados aos valores sociais e morais era freqüente na Revista A Família Cristã e consistia em modelos de comportamentos esperados e pautados em diretrizes e valores fornecidos doutrinariamente pela religião. Em um contexto histórico em que prevaleciam as diretrizes ideológicas da Guerra Fria, o periódico fazia um ataque contundente ao comunismo, visto que este, na visão da Revista, representava uma ameaça aos fundamentos básicos da religião. No contexto em análise, a ameaça comunista era algo presente no imaginário social e, por isso, as propostas de reformar o capitalismo, muitas vezes, soaram de modo radical. Contudo, a postura de combate à pobreza e de indignação ao sistema vigente, adotada pela Igreja católica, tinha como objetivo preservar a população da influência comunista. Para isso, exigiam-se importantes reformas sócio-econômicas. Assim, as reformas de base, propostas pelo governo Jango, foram amplamente apoiadas pela hierarquia católica, à frente da CNBB. Salienta-se, porém, que, no período abordado, a Igreja Católica não adotava uma postura coesa quanto à necessidade de reformas. Nesse período, destacaram-se três correntes no interior da Igreja: os tradicionalistas, os modernizadores conservadores e os reformistas. Acredita-se, pela análise das reportagens veiculadas pela Revista A Família Cristã, no período em questão, que seja possível enquadrá-la no grupo dos modernizadores-conservadores, que era a facção dominante na Igreja desde a década de 1950.", publisher = {}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {História} }