@MASTERSTHESIS{ 2012:1948445839, title = {Efeito da spirulina platensis nos sintomas dispépticos após suspensão do uso crônico de inibidores da bomba protônica : resultados de um ensaio clínico fase II}, year = {2012}, url = "http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/1113", abstract = "Inibidores de bomba protônica (IBPs) são medicamentos que inibem fortemente a secreção de ácido clorídrico pelo estômago, e são comumente utilizados para tratamento de sintomas dispépticos. Aproximadamente 5% da população mundial faz uso regular de IBPs, sendo que a metade destes o faz sem indicação formal. O reaparecimento de sintomas dispépticos trinta a sessenta dias após a interrupção dos IBPs pode ser explicado pela hipersecreção ácida de rebote que ocorre transitoriamente após a interrupção dos mesmos. Este fenômeno dificulta ou impede a retirada de IBPs por parte de indivíduos que não necessitariam deste tratamento. Além dos prejuízos resultantes da dependência aos IBPs, o uso crônico destes fármacos pode aumentar o risco de fraturas ósseas, especialmente na velhice. Neste contenxto, o uso de agentes com propriedades analgésicas e antiinflamatórias, como a Spirulina platensis (Sp), poderia ser útil para minimizar os sintomas de rebote após a retirada de IBPs. Nós conduzimos um ensaio clínico para testar esta hipótese. Métodos: Nós estudamos 45 pacientes (91% mulheres, 29% idosos, idade 51 +-} 14 anos, IMC 25.7 +-} 4.1 kg/m2) em uso regular de IBPs, sem história prévia de élcera péptica ou esofagite de refluxo. Os pacientes foram prospectivamente tratados com pantoprazol 40 mg/dia por 28 dias e submetidos a avaliação clínica e endoscópica (E1). Na ausência de contraindicações (hérnia hiatal de médio a grande porte, úlcera péptica, esofagite grau . B), foram randomizados para tratamento de 2 meses com Sp (1.6 g/dia) ou placebo, com permissão do uso de antiácidos sob demanda. Ao final de 2 meses repetiu-se avaliação clínica e endoscópica (E2). Os desfechos foram aparecimento ou persistência de sintomas dispépticos com escore > 50% do basal, e aparecimento ou persistência de sintomas de DRGE com pirose e ou regurgitação incomodativos. Utilizou-se análise por intenção de tratamento. Resultados: Dois pacientes foram excluídos na E1 devido a hérnia hiatal. Entre 43 pacientes, 25 (58%) foram randomizados para placebo e 18 para Sp. Após 2 meses, 18 pacientes tratados com placebo (72%) e 12 tratados com Sp (67%) completaram o estudo (P = 0.968). O desfecho dispepsia ocorreu em 10 entre 18 pacientes que foram tratados com Sp e em 22 entre 25 pacientes que foram tratados com placebo [56% vs. 88%; risco relativo 0,63 (IC95% 0,41 -- 0,98)]. O desfecho DRGE ocorreu em 13 entre 18 pacientes que receberam Sp e em 19 entre 25 pacientes tratados com placebo [72% vs.76%; risco relativo 0,95 (IC95% 0,66 -- 1,36)]. Não ocorreram efeitos colaterais importantes com Sp ou placebo. Conclusões: Os resultados do nosso estudo indicam que a maioria (2/3) dos pacientes em uso crônico de IBPs foi capaz de interromper a medicação por 2 meses, independente de terapia com Spirulina ou placebo. No entanto, um número significativamente maior de pacientes tratados com Spirulina obtivemos controle de sintomas dispépticos quando comparado ao placebo, enquanto que nenhum benefício foi observado em relação aos sintomas de refluxo na comparação entre Sp e placebo. Considerando seu bom perfil de segurança, o tratamento com Spirulina platensis poderia ser útil para o alívio de sintomas dispépticos após a suspensão de IBPs", publisher = {}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano}, note = {Ciências da Saúde e Ciências Biológicas} }