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dc.creatorMayer, Leandro-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/2634728709712813por
dc.contributor.advisor1Neumann, Rosane Marcia-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9670937037390742por
dc.date.accessioned2023-02-28T17:41:06Z-
dc.date.issued2016-03-21-
dc.identifier.citationMAYER, Leandro. O triste fim de Anton Kliemann: a campanha de nacionalização e seus desdobramentos no oeste de Santa Catarina . 2016. 271f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS, 2016.por
dc.identifier.urihttp://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2393-
dc.description.resumoO propósito deste estudo é investigar a repressão decorrente da Campanha de Nacionalização em Itapiranga - lugar banal, situado no extremo oeste de Santa Catarina - durante o Estado Novo (1937-1945), usando como fio condutor, o personagem Antônio Kliemann, um excepcional normal preso em 1942, acusado de crime contra a segurança nacional. Com a implantação do Estado Novo, Itapiranga passou a figurar como “quisto étnico” aos olhos do regime ditatorial varguista em virtude de sua formação étnica homogênea, visto que a colônia recebeu exclusivamente (i) migrantes teuto-católicos a partir de 1926. Para o governo, a zona deveria ser nacionalizada. Em paralelo, o Estado montou “um aparelho de repressão” através da Brigada do Rio Grande do Sul, com perseguições étnicas e políticas justificadas pelo discurso da “construção da brasilidade” e da “nacionalização do estrangeiro”. Neste cenário, Antônio Kliemann, um ex-chefe integralista, foi acusado de contrabando de armas e preso, sendo que sua prisão foi documentada pelo Processo Crime 3.666 do Tribunal de Segurança Nacional, que fornece elementos detalhados em torno dos atos repressivos cometidos por agentes do Estado em cumprimento à lei. Preso, Kliemann foi torturado pelos agentes policiais e em consequência dos danos sofridos, passou a apresentar problemas mentais. Foi absolvido em 1943 pelo Tribunal Pleno do Tribunal de Segurança Nacional. Diagnosticado com esquizofrenia, não conseguiu mais retomar a vida normal em sociedade e em família, e em 1952, suicidou-se. Um triste fim! Durante décadas, a memória oral mantém viva sua história, como uma lenda, e, em 1999, uma ação de reparação moral e material foi impetrada no poder judiciário pela família de Kliemann. Julgada procedente em 2010 pelo Supremo Tribunal Federal, a ação é um precedente jurisprudencial em se tratando do Estado Novo. Em 2004, Antônio Kliemann foi reconhecido como anistiado político post-mortem pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Tudo isso ocorreu em Itapiranga, lugar onde aparentemente nada aconteceu! Em termos teórico-metodológicos, trabalha-se na perspectiva da micro-história e da análise exaustiva dos dois processos-crimes, fontes centrais do estudo.por
dc.description.abstractThe purpose of this study is to investigate the repression resulting from the Nationalization Campaign in Itapiranga - commonplace place, located at the far west from Santa Catarina - during the Estado Novo period (1937-1945), using as a guide the character Antonio Kliemann a normal person arrested in 1942, accused of crimes against national security. With the implementation of the Estado Novo, Itapiranga was renumbered as "ethnic liked" in the eyes of the dictatorship Vargas because of its homogeneous ethnic background, since the colony received exclusively German-Catholic immigrants from 1926 on. For the government this area should be nationalized. In parallel, the state set up "a repressive apparatus" through the Military Brigade from Rio Grande do Sul, and ethnic and political persecutions were justified by the discourse of "construction of Brazilianness" and "nationalization of foreign". In this scenario, Antonio Kliemann, an ex-fundamentalist chief, was accused of arms smuggling and arrested, and his arrest was documented by the Criminal Case 3666 from the Court of National Security, which provides detailed information about the repressive acts committed by agents from the state in compliance with the law. Arrested, Kliemann was tortured by police officers and as a result of damage suffered he began to show mental problems. He was acquitted in 1943 by the Grand Chamber of the Court of National Security. He was diagnosed with schizophrenia and could no longer return to normal life in society and family, and in 1952, committed suicide. A sad end! For decades the oral memory keeps his history alive, as a legend, and in 1999 an act of moral and material reparations was filed in the judiciary by the family of Kliemann. Upheld in 2010 by the Supreme Court, the action is a legal precedent in the case of the Estado Novo. In 2004 Antonio Kliemann was recognized as a political amnesty post-mortem by the Amnesty Commission of the Ministry of Justice. All of this occurred in Itapiranga, place where apparently nothing happened! In theoretical and methodological terms, we work from the perspective of micro-history, and thorough analysis of two processes-crimes, central sources of the study.eng
dc.description.provenanceSubmitted by Jucelei Domingues (jucelei@upf.br) on 2023-02-28T17:41:06Z No. of bitstreams: 1 2016LeandroMayer.pdf: 5122739 bytes, checksum: 46f5936b8587a90fd35516515cf9e266 (MD5)eng
dc.description.provenanceMade available in DSpace on 2023-02-28T17:41:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016LeandroMayer.pdf: 5122739 bytes, checksum: 46f5936b8587a90fd35516515cf9e266 (MD5) Previous issue date: 2016-03-21eng
dc.formatapplication/pdf*
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade de Passo Fundopor
dc.publisher.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCHpor
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.initialsUPFpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Históriapor
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.subjectKliemann, Antonio, 1900-1952por
dc.subjectDitadurapor
dc.subjectSanta Catarina - Históriapor
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::HISTORIApor
dc.titleO triste fim de Anton Kliemann: a campanha de nacionalização e seus desdobramentos no oeste de Santa Catarinapor
dc.typeDissertaçãopor
Appears in Collections:Programa de Pós-Graduação em História

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