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http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/1190
???metadata.dc.type???: | Dissertação |
Title: | O homem do subsolo diante do espelho: o irônico diálogo "do homem com o homem" em Fiódor Dostoiévski |
Other Titles: | El hombre del subsuelo delante del espejo: el irónico diálogo "del hombre con el hombre" en Fiódor Dostoiévski |
???metadata.dc.creator???: | Soares, Tiago de Medeiros |
???metadata.dc.contributor.advisor1???: | Freitas, Ernani Cesar de |
???metadata.dc.description.resumo???: | Esta dissertação, intitulada O homem do subsolo diante do espelho: o irônico diálogo do "homem com o homem" em Fiódor Dostoiévski, busca analisar por meio de um percurso teórico-metodológico de escopo interdisciplinar ¿ as marcas da linguagem irônica inscritas no discurso literário, especificamente na primeira parte de Memórias do subsolo, de Fiódor Dostoiévski. Empreender esta tarefa revela uma tríade justificativa: a contribuição para a redução do hiato que separa literatura e linguística; a abordagem da ironia inscrita no discurso literário por meio de um itinerário teórico-metodológico alicerçado na materialidade discursiva; a contribuição para o entendimento da constituição do discurso literário, em que ironia, em suas distintas concepções, assume papel central devido a sua posição privilegiada no espaço de trocas discursivas. A ironia, ao romper com o preestabelecido, com as imagens estereotipadas e os discursos de poder, consiste em um posicionamento subversivo essencial à gênese do discurso literário, uma vez que está relacionada à sedução, que afasta da trama discursiva as cenas de fala totalmente previsíveis. Adotamos para esta dissertação, caracterizada como uma pesquisa descritiva e bibliográfica, com abordagem qualitativa, os seguintes alicerces teóricos: sobre ironia e sujeito irônico, os pressupostos de Jankélévitch (1964), Olbrechts-Tyteca (1974), Knox (1989), Ducrot (1990), Muecke (1995), Maingueneau (1996a, 1996b, 1997, 2011a), Schlegel (1997), Perrot (2006), Pichová (2006), Brait (2008), Alavarce (2009), Kierkegaard (1841/2010), Eggs (2015) e Dirienzo (2016). Sobre a poética dostoievskiana e ato ético responsável ¿ singular e irrepetível ¿, os pressupostos filosóficos de Bakhtin (2010a, 2010b, 2011, 2013, 2015). Quanto ao itinerário teórico-metodológico, evocamos os trabalhos de Maingueneau (1997, 2008a, 2008b, 2008c, 2008d, 2010a, 2010b, 2011a, 2011b, 2012), que contribui com as noções de cenografia e ethos discursivo. Em consonância com este percurso metodológico, evocamos o paradigma indiciário de Ginzburg (1989), que, ao propor como método científico a análise pormenorizada dos sinais, aproxima-se da análise de discurso de Maingueneau (2008a), a qual nega uma visão macroscópica sobre o discurso, atentando-se minuciosamente aos planos que o constituem. A análise do corpus revelou que a ironia, ao fugir das imagens coletivamente comungadas, constitui uma singularidade, que, num tempo e espaço unívocos e irrepetíveis, atua como pedra fundamental da arquitetônica discursiva. A ironia contribui para a construção das cenas de fala, cujo enunciador denuncia suas verdades sobre o mundo, sem negar espaço, contudo, às vozes alheias. É nesta arena de vozes, instaurada pelo monólogo polifônico, que a dessacralização dos discursos mundanos é realizada. A ironia é a ânsia, a angústia, o riso sádico, sôfrego e latente, que o sujeito encontra para reivindicar, através do ato assinado, seu espaço no mundo. |
Abstract: | Esta disertación, intitulada El hombre del subsuelo delante del espejo: el irónico diálogo del “hombre con el hombre” en Fiódor Dostoiévski, busca analizar – por medio de un itinerario teórico y metodológico de carácter interdisciplinar – las huellas del lenguaje irónico inscriptas en el discurso literario, específicamente en la primera parte de Memorias del subsuelo, de Fiódor Dostoiévski. Emprender esta tarea revela una tríade justificativa: la contribución para la reducción del hiato que separa literatura y lingüística; el abordaje de la ironía inscripta en el discurso literario por medio de un itinerario teórico-metodológico basado en la materialidad discursiva; la contribución para el entendimiento de la constitución del discurso literario, en que ironía, en sus distintas concepciones, asume papel central debido a su posición privilegiada en el espacio del interdiscurso. La ironía, al romper con el preestablecido, con las imágenes estereotipadas y los discursos de poder, consiste en un posicionamiento subversivo esencial al gene del discurso literario, una vez que está relacionada a la seducción, que aleja de la trama discursiva las escenas de habla totalmente previsibles. Adoptamos para esta disertación, caracterizada como una pesquisa descriptiva y bibliográfica, con abordaje cualitativa, los siguientes marcos teóricos: sobre ironía y sujeto irónico, los presupuestos de Jankélévitch (1964), Olbrechts-Tyteca (1974), Knox (1989), Ducrot (1990), Muecke (1995), Maingueneau (1996a, 1996b, 1997, 2011a), Schlegel (1997), Perrot (2006), Pichová (2006), Brait (2008), Alavarce (2009), Kierkegaard (1841/2010), Eggs (2015) y Dirienzo (200-). Sobre la poética dostoievskiana y acto ético responsable – singular e irrepetível –, los presupuestos filosóficos de Bajtín (2010a, 2010b, 2011, 2013, 2015). Cuanto al itinerario teórico-metodológico, evocamos los trabajos de Maingueneau (1997, 2008a, 2008b, 2008c, 2008d, 2010a, 2010b, 2011a, 2011b, 2012), que contribuye con las nociones de escenografía y ethos discursivo. En consonancia con este camino metodológico, evocamos el paradigma indiciario de Ginzburg (1989), que, al proponer como método científico el análisis pormenorizado de las señalas, acercase del análisis de discurso de Maingueneau (2008a), pues este niega una visión macroscópica sobre el discurso, atentándose minuciosamente a los planos que lo constituyen. El análisis do corpus reveló que la ironía, al huir de las imágenes colectivamente compartidas, constituye una singularidad, que, en un tiempo y espacio unívocos e irrepetibles, actúa como piedra fundamental de la arquitectónica discursiva. La ironía contribuye para la construcción de las escenas de habla, cuyo enunciador denuncia sus verdades sobre el mundo, sin negar espacio a las voces ajenas. En esta arena de voces, instaurada por el monólogo polifónico, que la desacralización de los discursos mundanos es realizada. La ironía es el ansia, la angustia, la risa sádica, inquieta y latente, que el sujeto encuentra para reivindicar, por medio del acto firmado, su espacio en el mundo. |
Keywords: | Análise do discurso literário Cenografia Ironia |
???metadata.dc.subject.cnpq???: | LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS |
???metadata.dc.language???: | por |
???metadata.dc.publisher.country???: | Brasil |
Publisher: | Universidade de Passo Fundo |
???metadata.dc.publisher.initials???: | UPF |
???metadata.dc.publisher.department???: | Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH |
???metadata.dc.publisher.program???: | Programa de Pós-Graduação em Letras |
Citation: | SOARES, Tiago de Medeiros. O homem do subsolo diante do espelho: o irônico diálogo "do homem com o homem" em Fiódor Dostoiévski. 2017. 235 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS, 2017. |
???metadata.dc.rights???: | Acesso Aberto |
URI: | http://tede.upf.br/jspui/handle/tede/1190 |
Issue Date: | 2-Jun-2017 |
Appears in Collections: | Programa de Pós-Graduação em Letras |
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