@MASTERSTHESIS{ 2012:888204722, title = {Notas do inacabado, uma leitura do processo de criação de A ferro e fogo, de Josué Guimarães}, year = {2012}, url = "http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/941", abstract = "As pesquisas realizadas com as obras e os prototextos do escritor e jornalista Josué Guimarães ainda são desproporcionais em relação à sua importância nas literaturas sul-rio-grandense e brasileira. Este trabalho apresenta um estudo sobre a obra de Josué Guimarães, com ênfase ao processo de construção da trilogia inacabada A ferro e fogo, inicialmente planejada pelo autor como uma narrativa sobre a imigração alemã e, principalmente, sobre os Muckers, nos incidentes que envolveram a localidade de São Leopoldo no final do século XIX. A obra, como um projeto não concluído, limitou-se a dois volumes, ¿Tempo de solidão¿ e ¿Tempo de guerra¿. Buscou-se investigar o processo de criação literária de A ferro e fogo, a partir da interpretação dos prototextos resguardados no Acervo Literário de Josué Guimarães (ALJOG), à luz dos pressupostos teóricos da crítica genética e da semiótica, em uma perspectiva que investigue as complexidades (ou descontinuidades) que incidem no processo de escrita literária. A crítica genética não se restringe ao estudo de manuscritos literários, levando em consideração um fato indiscutível: os tempos mudaram, a tecnologia está gerindo a escrita diretamente no suporte digital, e o objeto que deve ser tomado como matéria prima dos estudos e análises é, portanto, o processo de criação em si, e não o suporte em que ele se desenvolveu. Para avaliar o processo de criação, dele se aproximando, utiliza-se a teoria do hipertexto de Katherine Hayles, que investiga a presença de aspectos tecnológicos na escrita à mão. A teoria da semiótica de Charles S. Pierce, por sua vez, formata e agrega valores artísticos às imagens percebidas e retratadas nos fólios. Já a teoria das descontinuidades da escrita literária, de Cláudia Amigo Pino, permite perceber sentido e significado por entre rasuras e nos contornos da marginália. No caso de Josué Guimarães, prevalece o manuscrito em seu dossiê, com todos os seus rascunhos e rasuras, detalhes de suas preferências e marcas de sua originalidade. É possível elucidar, assim, essas pistas que o autor deixa no decorrer de sua escrita e que envolvem todo um processo formador de enlaces definitivos que resultarão na obra final. Josué, com toda sua grandeza, contempla a todos que podem ter acesso ao seu dossiê com um material riquíssimo e inevitavelmente emocionante, pois se pode sentir e presenciar a sua genialidade tomando forma e resultando em uma obra considerada pronta, mas advinda de muitas transformações", publisher = {}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Estudos Linguísticos e Estudos Literários} }