@MASTERSTHESIS{ 2007:665663427, title = {Dimensões formativo-pedagógicas do cuidado de si em Foucault}, year = {2007}, url = "http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/699", abstract = "Neste trabalho, procuraremos explicitar as implicações formativo-pedagógicas ínsitas à noção foucaltiana de cuidado de si . Partindo da volta realizada por Foucault à cultura greco-latina, com o intuito de estudar a posição teórica no que se refere à formação humana por parte desta, buscaremos traçar os principais desdobramentos da noção de cuidado de si , notadamente na educação, a partir da contemporaneidade, e isso a partir de Foucault e de sua reinterpretação desta noção grega. Na cultura greco-latina, o cuidado de si tinha um caráter eminentemente aristocrático, embora se possa constatar, já a partir dos séculos I e II da Era Cristã, um progressivo alargamento das práticas que objetivavam o aperfeiçoamento físico, espiritual e moral por parte de cada indivíduo e de grupos. Ou seja, o cuidado de si já não era mais uma prerrogativa só das elites, mas se estendeu também à população, de um modo geral. O princípio básico do cuidado de si , na cultura greco-romana, fundava-se no conhecimento de si, que devia, por sua vez, levar a uma estetização da ação, por parte de cada um. Aqui, neste processo educativo, o mestre desempenhava um papel fundamental na emancipação do aluno, constituindo-se em guia e em crítico permanente. Foucault, como ele mesmo salienta, realiza essa volta aos gregos porque esta noção de cuidado de si (e, de um modo mais geral, a noção de estética da existência) levava a uma interessante fundamentação de uma prática de liberdade. Em um mundo pósmetafísico, marcado pelo multiculturalismo (relativismo cultural) e pela historicidade radical (portanto, pela queda das grandes sistematizações religioso-metafísicas), o indivíduo é chamado a uma postura permanentemente crítica e criativa sobre si mesmo. E esta noção de cuidado de si adquire ainda mais preponderância em uma sociedade capitalista, fundada no fomento à cultura de massas, que tem como conseqüência a anulação da individualidade. À escola, assim, coloca-se a necessidade de trabalhar esta noção, em vista de uma prática político-pedagógica emancipatória, por parte do aluno", publisher = {}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Educação} }