@MASTERSTHESIS{ 2016:1516319803, title = {Criança, família, professor : a complexa trama que compõe a vida escolar}, year = {2016}, url = "http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/614", abstract = "Nas últimas décadas, produziu-se vasta literatura acerca das desigualdades escolares, demonstrando correlações entre a origem social dos alunos e o seu desempenho escolar, mediante a constatação de que nos meios populares se concentram elevados índices de reprovação, de evasão e de aprendizagens restritas. Para compreender esse complexo fenômeno é necessário, dentre outros requisitos, reconhecer as práticas culturais e as lógicas socializadoras que orientam as famílias de camadas populares nas suas relações com a escola, apreendendo o sentido que elas atribuem à escolaridade dos filhos e as disposições que mobilizam para ajudá-los a responder às exigências e injunções escolares. A motivação pelo tema desta dissertação se origina da necessidade de refletir mais detidamente sobre as condições da aprendizagem escolar, especialmente no contexto de uma escola pública de ensino fundamental, em um município de pequeno porte situado no interior do Estado do Rio Grande do Sul. Os resultados da aprendizagem, em tal cenário, inquietam a comunidade escolar e impõem-lhe desafios em relação às práticas desenvolvidas e, consequentemente, ao papel a ser desempenhado pelos sujeitos ali implicados: pais, alunos, professores. Frente a isso, a questão norteadora da pesquisa está assim consubstanciada: que estratégias as crianças que frequentam o Espaço de Apoio Pedagógico da Escola Municipal de Ensino Fundamental Cônego Stanislau Olejnik mobilizam para dar conta das demandas escolares diante das lógicas socializadoras provenientes da família e da escola? O objetivo geral da investigação consiste em compreender as interfaces envolvidas nos processos de aprendizagem e, assim, dispor de elementos mais consistentes para mediar de forma qualificada o trabalho da escola, com vistas a que as crianças aprendam e se desenvolvam. Para o delineamento teórico da pesquisa, travou-se diálogo com diversos autores, dentre os quais destacam-se Patto (1973, 1990), Enguita (1989), Soares (1989), Forquin (1993), Petitat (1994), Carraher, Carraher e Schliemann (1995), Edwards (1997), Lahire (1997, 2004, 2006, 2012), Charlot (2000, 2005), Pozo (2002), Portes (2003), Viana (2003), Zago (2003), Thin (2006). A metodologia, de natureza qualitativa, foi orientada pelo enfoque etnográfico e permitiu estruturar os procedimentos metodológicos de produção dos dados com base na triangulação de três estratégias: a) entrevistas semiestruturadas com um grupo de quatro mães; b) intervenção pedagógica junto às crianças no Espaço de Apoio Pedagógico sob condução da pesquisadora, registradas em vídeo; c) observação das aulas do 1º ano do ensino fundamental e do cotidiano escolar, com registros em Diário de Campo. Os resultados permitem identificar elementos acerca da lógica socializadora das famílias de camadas populares e da história não documentada da escola. Depreende-se do estudo realizado que as crianças mobilizam estratégias comportamentais para responder às demandas escolares, sendo incentivadas através da lógica de socialização familiar que, em larga medida, reproduz os discursos promovidos no âmbito da lógica de socialização escolar. Diante das reflexões realizadas no decorrer desse percurso investigativo, propõe-se repensar o formato da escola, seu currículo e metodologias e, em especial, redimensionar a relação que a escola estabelece com as famílias, na perspectiva de um maior comprometimento com o aprender compartilhado.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Educação} }