@PHDTHESIS{ 2008:1804307309, title = {Regiões de risco, caracterização da antese em cereais de inverno e sista de alerta para giberela, em trigo}, year = {2008}, url = "http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/404", abstract = "A giberela (Gibberela zeae (Schw.) Petch (anamorfo = Fusarium graminearum Schwabe) tem sido apontada como uma das mais importantes doenças dos cereais de inverno, devido à ocorrência de epidemias severas nos últimos anos. É altamente dependente das condições climáticas para o seu estabelecimento, como maior freqüência de chuvas durante a fase de florescimento e enchimento de grãos. Causa danos na produtividade e na qualidade dos grãos. O controle por meio de cultivares resistentes é difícil, pois a resistência genética presente nas cultivares é insuficiente quando as condições climáticas são muito favoráveis. Embora se disponha de fungicidas eficientes contra o fungo, existem problemas relacionados à aplicação no campo, como a cobertura insuficiente dos órgãos suscetíveis da planta, as anteras, o que afeta a eficiência. O problema é que face ao aumento da incidência e dos danos causados ainda não se dispõem de medidas de controle seguras de modo a garantir a minimização de danos por parte dos produtores. Sendo assim, este trabalho tem por objetivo considerando as variáveis meteorológicas: temperatura, umidade relativa, duração do molhamento e precipitação pluvial ocorridas no maior período de tempo que se tenham disponíveis esses dados, identificar datas de espigamento do trigo e locais no sul do Brasil que ofereçam menores riscos a ocorrência de giberela permitindo gerar mapas de risco que permitam alertar aos produtores e técnicos a favorabilidade da doença em uma época e região. Identificar características morfológicas que podem auxiliar no melhoramento à giberela: duração da antese dos cereais, correlação da doença com a presença de anteras presas, comparar e avaliar os genótipos quanto a reação à doença, através do efeito nos componentes do rendimento, e quanto aos métodos de avaliação da doença, bem como avaliar o efeito de épocas de semeadura na ocorrência da doença. Através de interações entre duração de molhamento, temperatura e hospedeiro em estádio suscetível criar e validar um sistema de previsão para giberela, buscando identificar o melhor momento para tornar o controle efetivo e econômico. Com a finalidade de identificar épocas de espigamento e regiões com favorabilidade a ocorrência de giberela em trigo na Região Sul do Brasil utilizou-se uma equação desenvolvida por Moschini & Fortugno (1996), que identifica os elementos meteorológicos que mais se correlacionam com a incidência da giberela em espigas de trigo. Calculou-se a Probabilidade de Infecção por Giberela (PIG) pelo processamento dos dados meteorológicos de 13 municípios dos estados do sul do Brasil: Júlio de Castilhos (25 anos), Passo Fundo (31 anos), Santa Rosa (17 anos), São Borja (30 anos), São Gabriel (28 anos) e Vacaria (17/18 anos), Campos Novos (30 anos), Chapecó (26 anos), Cascavel (15/16 anos), Cianorte (29/30 anos), Guarapuava (29 anos), Londrina (30 anos) e Palotina (31 anos). Os elementos meteorológicos foram processados num segmento de tempo iniciando oito dias antes da data do espigamento (50% das espigas emergidas) e terminando quando completado 30 dias. Obtidos os resultados da PIG de cada município agrupados por data de espigamento (05/08; 15/08; 25/08; 05/09; 15/09; 25/09; 05/10; 15/10; 25/10; 05/11; 15/11; 25/11) foram calculadas as freqüências de ocorrência de giberela. Foram classificadas em baixa (0-25%), média (>25-50%) e alta infecção (>50%) e gerados os mapas de risco pela freqüência média da doença para cada data em dois intervalos de temperatura. Mapas de zonas de risco constituem-se numa ferramenta a mais para a avaliação de condições climáticas favoráveis à ocorrência de epidemias. Fornecem também subsídios para a tomada de decisão para o controle de doenças da parte aérea. Concluiu-se que espigamentos entre 15/09 e 05/10 são os mais sujeitos as condições climáticas que predispõem a doença, assim como a região de Guarapuava, onde se detectou em várias épocas de espigamento altas PIG, deve ser monitorada e medidas de controle químico e cultural incrementadas. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Fitopatologia e na área experimental da Faculdade de Agronomia e Medicina veterinária da Universidade de Passo Fundo e no campo sob condições naturais de infecção na safra 2005 (5 épocas) e 2006 (4 épocas). Os resultados obtidos identificaram através da análise de correlação que a incidência final de giberela no campo apresenta alta correlação com o número de anteras presas presentes nos materiais. A importância das anteras presas no processo infeccioso foi verificada. O cultivar Pampeano e a linhagem CEP 0059 se destacaram por menos suscetibilidade, enquanto a cultivar CD 114 obteve o maior índice de doença. A quantificação da giberela foi melhor representada pela avaliação do índice do que por outros critérios fitopatométricos. Em experimentos conduzidos em câmaras de crescimento com o cultivar suscetível de trigo BR 23 foram avaliadas as interações entre cinco temperaturas (10, 15, 20, 25 e 30°C) e onze períodos de molhamento das espigas (0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45 e 50 horas) sobre a intensidade da giberela. Cada temperatura constituiu um experimento e as horas de molhamento os tratamentos. Valores superiores a 90% de severidade da doença foram detectados a 25°C com 50 horas de molhamento. A 10ºC, temperatura mínima estudada houve ocorrência da doença. As variações de intensidade da giberela do trigo pela temperatura, foram explicadas pelo modelo Beta generalizado, e pela duração do molhamento das espigas pelo modelo Gompertz. A intensidade da doença foi modelada em função da temperatura e da duração do molhamento das espigas. A equação resultante fornece uma descrição da resposta da intensidade da giberela e aos efeitos combinados de temperatura e de duração do molhamento. O modelo foi utilizado para elaborar tabelas de períodos críticos que serão utilizadas na validação de um modelo de previsão de giberela realizar a validação do sistema de aviso para giberela em trigo e triticale, o modelo obtido e o modelo Reis & Blum (2004) foram avaliados e comparados através de resultados obtidos na intensidade da giberela no campo em cinco genótipos de trigo e um cultivar de triticale nas safras de cultivo 2005 (5 épocas) e 2006 (6 épocas). Partindo-se da data do início do florescimento e acompanhando a soma dos valores diário das infecções (SVDI) obtidas por cada modelo. Determinou-se que o modelo Reis & Blum (2004) como o melhor modelo e o valor de SVDPI igual a 2 como determinante para o alerta a ocorrência da doença e necessidade de medidas de controle. O sistema tem inicialmente a denominação de UPF-Scab-alerta.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Agronomia}, note = {Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – FAMV} }