@MASTERSTHESIS{ 2023:1576857992,
 	title = {A racionalidade neoliberal regula as políticas educacionais: o empreendedorismo no referencial curricular gaúcho},
 	year = {2023},
 	url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2578",
 	abstract = "A presente dissertação, vinculada ao campo de Políticas Educacionais e elaborada junto ao PPGEDU/UPF, realizou-se por meio de um estudo de natureza básica, com o propósito de contribuir com as pesquisas voltadas às políticas curriculares. O objetivo geral buscou compreender como a racionalidade neoliberal regula a política educacional manifesta no Referencial Curricular Gaúcho para o Ensino Médio. Os objetivos específicos detiveram-se em (i) analisar os documentos curriculares norteadores da Reforma do Ensino Médio, identificando, através de um diagnóstico crítico, as mudanças e os conceitos emergentes que passaram a estruturar o currículo do Ensino Médio; (ii) identificar e compreender de que forma a racionalidade neoliberal se materializa no Referencial Curricular Gaúcho para o Ensino Médio (RCG), apontando as possíveis consequências desse modelo educacional para a formação dos estudantes; (iii) contribuir, por meio desse processo investigativo, com argumentos políticos, teóricos, pedagógicos e epistemológicos, para que a escola enfrente o determinismo da racionalidade neoliberal que demarca o RCG para o EM. O problema de pesquisa buscou responder à seguinte questão: Considerando o contexto de atuação da Lei 13.415/2017, como a racionalidade neoliberal regula a política educacional manifesta no Referencial Curricular Gaúcho para o Ensino Médio? Adotou-se a hipótese de que investigar a racionalidade empreendedora que regula as políticas educacionais, sobretudo no RCG, é necessário para a tomada de consciência e para a constituição de estratégias de resistência diante do cenário político, econômico e social que a escola enfrenta. Quanto à metodologia da pesquisa, ancorou-se no método analítico-hermenêutico, pois teve por finalidade interpretar, compreender e apontar como a racionalidade neoliberal difunde-se por meio do empreendedorismo, disseminando na área educacional estratégias de formação para o poderio econômico. Quanto à abordagem do problema, trata-se de uma pesquisa qualitativa por buscar a interpretação e análise de categorias, textos e documentos. Em relação aos objetivos, é caracterizada como descritiva-analítica e, quanto aos procedimentos, como uma pesquisa bibliográfica e documental, na medida em que busca na literatura a fundamentação teórica para analisar um documento de política educacional por meio da análise de conteúdo do Referencial Curricular Gaúcho. Para dar conta do propósito da investigação, as fontes bibliográficas da pesquisa (Dardot; Laval, 2016; Laval, 2004; Campos; Soeiro, 2016; Mazzucato, 2014) foram obras fundamentais para pensar o conceito de empreendedorismo como racionalidade neoliberal e como um modelo educativo. A fonte documental principal foi o Referencial Curricular Gaúcho (2021), anteposto por leis, diretrizes, portarias e referenciais que normatizam as políticas curriculares vigentes a partir de 2013. Também, foram inseridos no estudo comentadores que dialogam sobre a temática debatida por meio de artigos publicados em periódicos e capítulos de livros, assim como em publicações recentes referentes à Reforma do Ensino Médio. Entre as conclusões do texto, extrai-se que a racionalidade neoliberal, tendo concebido o conceito de empreendedorismo como um modo de ser e de conceber a vida, emprega os valores da educação e do ensino unicamente para a formação de profissionais direcionados ao mercado de trabalho. Por essa razão, educar para o empreendedorismo, ou disseminar a cultura empreendedora, significa também motivar os estudantes para a iniciativa individual em busca da própria sobrevivência. Diante da problematização levantada, conclui-se que a formação para o empreendedorismo, tal como está posto no RCG-EM, induz a educação no Ensino Médio para a formação de mão-de-obra emergente, de modo a cristalizar a desigualdade social, a desregulação das políticas públicas e o detrimento da formação emancipadora do cidadão. Embora a implementação do Novo Ensino Médio já esteja acontecendo, este trabalho constatou que os projetos educativos são pensados quase sem a participação dos professores e alunos, o que demonstra que os verdadeiros objetivos das mudanças estão longe do contexto e dos problemas concretos que a realidade educacional enfrenta",
 	publisher = {Universidade de Passo Fundo},
 	scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação},
 	note = {Faculdade de Educação – FAED}
}