@PHDTHESIS{ 2018:1680703313, title = {"Excessos de patriotismo" : terrorismo de estado e os Grupos de Onze Companheiros no Rio Grande do Sul - 1964/1965}, year = {2018}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2466", abstract = "Esta tese tem como objeto central os Grupos de Onze Companheiros ou Comandos Nacionalistas, organizados por Leonel Brizola a partir de outubro de 1963 para a “defesa das conquistas democráticas do povo brasileiro, pelas reformas imediatas e pela libertação nacional.” Houve extraordinária adesão ao movimento, especialmente no Rio Grande do Sul, demonstrando a vontade de participação popular e o engajamento político existente no momento, além de uma expectativa de mudanças pela realização das reformas de base, especialmente da reforma agrária. Pelo contexto de Guerra Fria, essa mobilização foi vista e alardeada como subversão e avanço da guerra revolucionária que instauraria o comunismo no Brasil. A formação desses grupos municiou os grupos conservadores, que temerosos com a expansão esquerdista e com a mobilização popular, já conspiravam para a deposição de João Goulart da presidência. Com o golpe civil-militar de 31 de março de 1964 foi instaurado um governo ditatorial que, visando eliminar toda e qualquer oposição ao regime, utilizou-se de práticas de terrorismo de Estado (TDE), atingindo diretamente as pessoas que participaram dos Grupos de Onze ou que eram suspeitas de envolvimento com essa mobilização. A principal fonte para esse estudo são os processos de pedido de indenização por perseguição política, tornados possíveis pela Lei 11.042, de 18 de novembro de 1997, por meio da qual o Estado do Rio Grande do Sul “assumiu a responsabilidade por danos físicos e psicológicos causados a pessoas detidas por motivos políticos e estabeleceu normas para que sejam indenizadas”, disponibilizados para consulta pública no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul. Foram selecionados, para fins dessa pesquisa, 440 processos, em que os requerentes à indenização alegam prisão, perseguição e/ou torturas por envolvimento com os Comandos Nacionalistas ou estão citados em outros processos como membros dos referidos grupos. Pela análise desses processos, busca-se estabelecer um perfil dos envolvidos com os grupos, as motivações para sua adesão ao movimento, os locais onde houve maior formação dos grupos, a extensão da repressão desfechada ainda em 1964 e os efeitos da violência estatal na vida dos perseguidos políticos e na de seus familiares.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }