@MASTERSTHESIS{ 2022:2091814238, title = {Representações das mulheres cristãs-novas na historiografia de Anita Novinsky (1978-2007)}, year = {2022}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2447", abstract = "O século XVI vivenciou o surgimento do Antigo Sistema Colonial, o surgimento dos Estados Modernos, a ascensão artística e as reformas religiosas e, também, a mergência Inquisições Ibéricas e o horror das perseguições. Por meio de denúncias e forjando heresias, a Santa Inquisição teve como principal alvo os cristãos-novos e, com isso, o Tribunal do Santo Ofício restringiu liberdades individuais. A fé católica transformou a Inquisição numa das principais instituições que mantinha o Antigo Regime, dando poder absoluto ao clero e a nobreza sobre a sociedade. Esse processo também atingiu o Novo Mundo e teve reflexos sobre os aspectos políticos, culturais, religiosos, econômicos e sociais do Brasil Colônia. Tendo os judeus convertidos ao cristianismo na Península Ibérica como inimigos durante os séculos XIV e XV, uma parcela desses indivíduos fugiram das perseguições religiosas para a América e se estabeleceram no Brasil. Dentro desse contexto histórico, a presente temática de estudo é a produção historiográfica das obras de Anita Novinsky, tendo como recorte, entre as diversas questões representadas na obra da autora, as cristãs-novas, que foram presas e perseguidas pela Inquisição no Brasil entre os séculos XVI ao XIX, presente na narrativa das quatro obras de Anita Novinsky Inquisição-Inventários de Bens Confiscados a Cristãos Novos no Brasil – séc. XVIII (1978), Inquisição – Rol dos Culpados (1992), Inquisição – Prisioneiros do Brasil (XVI-XIX) (2002), e Gabinete de Investigação: uma “caça aos judeus” sem precedentes (2007), os quais são fonte de estudo do presente trabalho. O que colocamos como problema de investigação é a construção narrativa historiográfica de Novinsky, e nela a representação do lugar sociocultural das mulheres europeias cristãs-novas, que configuram uma identidade social, histórica e cultural, isso, dará possiblidade de identificarmos o desenho identitário contextualizando a autora e obras no campo historiográfico brasileiro, bem como sua contribuição à pesquisa e ao conhecimento histórico. Utilizaremos como método, para viabilizar a reflexão sobre os princípios da ciência histórica, a matriz disciplinar da história, proposta por Rüsen, que corresponde à inter-relação sistemática de cinco fatores, necessários, cada um por si, e suficientes, no seu conjunto, para organizar o conhecimento histórico como processo cognitivo e, no caso desta pesquisa, para a análise historiográfica. De acordo com esse pressuposto, a dissertação está estruturada em três capítulos. No primeiro capítulo contextualizamos a autora e sua obra historiográfica no campo historiográfico brasileiro, bem como sua contribuição à pesquisa e ao conhecimento, ou seja, detivemo-nos no levantamento dos dados biográficos da autora, de suas motivações historiográficas e suas questões colocadas ao passado. O segundo capítulo objetiva analisar e apresentar as obras; as narrativas, protagonistas e contextos abordados. E, por último, no terceiro capítulo centramo-nos na justaposição e comparação relacional dos dados, apresentados e analisados no segundo capítulo, entre as quatro obras dos elementos constitutivos narrados e identificados individualmente, sobre os quais analisamos as representações e formas narrativas elaboradas sobre as mulheres judias, orientada por variáveis que se constituíram das perguntas formuladas para a investigação.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }