@MASTERSTHESIS{ 2016:575050636, title = {Mato Grosso: as razões de um desastre: defesa imperial e ocupação paraguaia na fronteira oeste do Brasil durante a Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870)}, year = {2016}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2397", abstract = "Durante o século 19, uma longa série de disputas internacionais fomentaram tensões na bacia do Prata, deflagrando múltiplos conflitos entre os Estados Nacionais em formação. Dentre as divergências mais recorrentes, estavam tratados de navegação fluvial; reivindicações territoriais; mode los distintos de governo; pretensões hegemônicas e luta por soberania político econômica dos governos platinos. Nossa pesquisa concentrou se no estudo sobre as origens da Guerra da Tríplice Aliança (1864 1870), mais especificamente sobre a ocupação paragua ia no oeste imperial. Localizada em uma zona de fronteira, a província do Mato Grosso abrigava áreas litigiosas desde a era colonial. Morada de diversos grupos nativos, o Pantanal recebeu forte afluxo colonizador quando a bandeira de Pascoal Moreira Cabral encontrou pepitas de ouro às margens do rio Coxipó Mirim, em 1719. Essa descoberta motivou a coroa portuguesa criar a capitania do Mato Grosso, em 1748, dando origem a reiterados questionamentos acerca dos limites da fronteira local. Os luso brasileiros, sob protestos dos espanhóis (no período colonial) e dos paraguaios (após a independência de 1811), buscaram controlar aquela vasta área banhada por rios, que, integrados a bacia fluvial platina, garantiriam importantes vias comerciais e de comunicação com o Cone Sul e o restante do Brasil. Em 1864, às vésperas da Guerra da Tríplice Aliança, os paraguaios julgavam se os legítimos proprietários de uma faixa de terra entre os rios Apa e Branco, ao sul da província mato grossense, assenhorada durante a expansão mineradora do século 18, o que gerava questionamentos aos imperiais sobre a falta de tratados que resolvessem esse litígio. Mas o cenário era muito mais amplo. Em dezembro de 1864, quando Francisco Solano López, presidente paraguaio, ordenou a invasão do sul mato grossense, existia uma complexa arquitetura política internac ional. A disputa territorial foi parte das origens da guerra, mas não pode ser pensada como uma simples pretensa expansão do Paraguai, ou reproduziremos explicações insuficientes da hist oriografia nacional patriótica brasileira . Analisamos o papel da política agressiva do Império no Uruguai; as decisões do governo argentino de Bartolomé Mitre ; os conflitos internos no Uruguai e as preocupações paraguaias referentes a sua condição periféri ca nas relações regionais, estabelecendo conexões que elucidam as razões do devastador conflito. A província de Mato Grosso, apesar de esperar a guerra, não estava preparada para enfrenta la. Com uma população rarefeita e um alto oficialato pouco disposto a lutar, a fuga foi a tônica no enfrentamento aos paraguaios. Os resultados das rápidas vitórias das tropas lopistas durante a ocupação, bem como das sistemáticas defecções imperiais não destoaram das insuficientes ações empreendidas pel as lideranças políticas e militares em Mato Grosso", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }