@MASTERSTHESIS{ 2016:265522823, title = {Defendendo a civilização e a pátria contra o injusto agressor: as representações dos bugres e colonos nos escritos de Fidélis Dalcin Barbosa (1961-1977)}, year = {2016}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2396", abstract = "Esta pesquisa tem por objetivo compreender as representações da figura do “bugre” nos escritos literários de Fidélis Dalcin Babosa. Dados os conflitos históricos entre indígenas e imigrantes europeus, que seguem com seus descendentes até a atualidade, representações de ambos os grupos foram feitas no decorrer do processo. A imagem depreciativa do indígena foi construída nesses conflitos e se revela em diferentes lugares e ocasiões. Para este trabalho, optou-se por analisar obras literárias, publicadas no período compreendido entre 1961 e 1977, buscando-se compreender tais representações. Foi feita, uma análise do processo de ocupação dos vales florestados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, bem como dos contatos entre imigrantes e indígenas e das representações que surgiram destes contatos. As obras literárias foram analisadas e interpretadas, de modo que, compreendendo as sentenças, os jogos de palavras, os ditos e os não ditos e os subentendidos, se possa compreender as representações que são feitas dos indígenas. O autor nasceu e viveu em áreas de colonização italiana, as quais são temas de seus escritos. Os índios quase sempre são antagonistas e várias obras que o autor escreve, enquanto os protagonistas são geralmente italianos ou seus descendentes. Enquanto religioso capuchinho, as obras também são imbuídas de uma moralidade cristã e de um ideal cristão de sociedade. O indígena, culturalmente divergente do imigrante, não raro teve contato violento com este, vinha ocupar suas terras. Em resposta, os imigrantes reagiam com a mesma violência. Estes contatos são tema recorrente na obra de Barbosa. Por fim, constatou-se que, devido ao período estudado ser uma época de redução das reservas indígenas e expansão territorial dos descendentes de imigrantes, tendo em vista que o autor vivia numa região onde este contexto era muito presente, as representações constantes nas obras acabam denotando identidades, tanto de colonos como de indígenas, que avalizam a posição dos colonos no processo de ocupação. O imigrante ou descendente é visto como portador do progresso e da civilização, enquanto o indígena é visto como um ser violento e primitivo. Essas representações são reflexo da época em que as obras foram escritas.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }