@MASTERSTHESIS{ 2016:193949111, title = {A questão indígena no norte do Rio Grande do Sul: intrusão, reforma agrária e extinção de reservas - 1940-1968}, year = {2016}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2391", abstract = "A região centro-norte do estado do Rio Grande do Sul, durante o século XX, foi um espaço de grande expressão de movimentos sociais, geralmente de luta pela terra. A questão indígena, entre as décadas de 1940 e 1960, expressou bem essa realidade. O governador Leonel Brizola, assim como seus antecessores, Cordeiro de Farias, Walter Jobim e Ildo Meneghetti, praticaram a redução de territórios indígenas, fato esse causador de vários conflitos. Destacamos o período do governo Brizola (1959-1963), pois, foi este que, de certa forma, intensificou essa prática. Para entendermos esse processo de expropriação de terras indígenas, é necessário, analisarmos um período anterior, nesse caso, início do século XX, no qual, descentes de imigrantes migram da região colonial dos atuais municípios de São Leopoldo-RS e de Caxias do Sul-RS para as colônias no centro-norte rio-grandense. Também foi um período em que o governo positivista, demarcou 11 áreas indígenas (1910-1918) no Norte do estado, dentre elas, a de Ventarra, espaço empírico de nosso estudo. A partir da década de 1940, de fato, as terras no estado estavam todas ocupadas. Entretanto, havia colonos semterra, e, a partir disso, começaram a ocorrer movimentos sociais pela região. A intrusão nas áreas indígenas culminou num movimento social, ou seja, de um lado colonos sem-terra e, do outro, indígenas. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi constituída para investigar o assentamento de colonos nas áreas indígenas e, especialmente a de Nonoai, em 1967. A nossa análise busca contemplar esse período efervescente que envolveu a questão da terra no Rio Grande do Sul; centra a análise nos processos de redução e extinção da área indígena de Ventarra como condensação de uma política de estado no período. Demonstramos que houve, entre os anos de 1940-60, uma política deliberada de transformar territórios indígenas em espaços para aliviar as tensões e os conflitos pela terra. A análise específica da Reserva de Ventarra demonstra o equívoco dessa política pública, pois, além de desterritorializar os indígenas e reterritorializar agricultores, produziu novos conflitos sociais, os quais, estendem-se na atualidade e revelam uma difícil resolução.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }