@PHDTHESIS{ 2022:1770759375, title = {Biorremediação de fármacos por microalgas}, year = {2022}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2364", abstract = "A contaminação das águas por poluentes emergentes (PEs) vem se tornando uma preocupação ambiental, devido aos efeitos de toxicidade ao meio aquático e na saúde humana. Em sua grande maioria, estes micropoluentes não são removidos ou degradados em estações de tratamentos convencionais de água, persistindo mesmo após o tratamento. Nesse contexto, que a biorremedição de PEs via metabolismo microalgal torna-se uma alternativa promissora. Os processos pelos quais as microalgas removem os PEs de águas ou efluentes residuais incluem mecanismos de bioacumulação, bioadsorção e biodegradação. Após os cultivos de biorremediação, a biomassa gerada e as águas residuais destes cultivos podem ser utilizadas em outras aplicações, como por exemplo na produção de biocombustíveis ou em uso de fertirrigação, respectivamente. Objetivou-se realizar a biorremediação dos fármacos fluoxetina, paracetamol, diazepam, ácido acetilsalicílico e cafeína através das microalgas Spirulina platensis, Scenedesmus obliquus e Chlorella homosphaera, e avaliar os possíveis usos das biomassas e águas residuais após cultivo. Este trabalho foi dividido em 3 etapas. Na primeira etapa, o crescimento microalgal e os efeitos na composição das biomassas foram avaliados em meios com presença dos fármacos separadamente, em diferentes concentrações (100, 70, 50, 30, 10, 5 e 1 mg.L-1). Na segunda etapa, os fármacos foram inseridos em conjunto, considerando os resultados de resistência observados na primeira etapa. Os parâmetros de crescimento foram monitorados durante 20 d, e a ecotoxicidade em bioindicadores vegetais com o sobrenadante dos cultivos foram avaliados a cada 5 d de cultivo. Na terceira etapa, a cada 5 d foi adicionado20 μg.L-1 de cada fármaco no meio de cultivo contendo 10% (v/v) de efluente oriundo do pós tratamento convencional de esgoto sanitário. Foram analisados parâmetros de crescimento das microalgas durante 30 d, e as análises cromatográficas foram avaliadas a cada 5 d . Na primeira etapa, a concentração máxima testada dos fármacos cafeína e acido acetilsalicílico não apresentaram efeito tóxico nas três cepas testadas. A exposição a fluoxetina, paracetamol e diazepam resultaram em morte celular ou reduções da velocidade específica máxima de crescimento e concentração de biomassa nos cultivos, principalmente em concentrações acima de 30 mg.L-1. A microalga menos resistente foi a Spirulina platensis, seguida da Chlorella homosphaera, sendo a Scenedesmus obliquus a cepa mais resistente. Os testes de hidrólise enzimática das biomassas cultivadas na presença dos fármacos apresentaram eficiência de hidrólise iguais a biomassa cultivada em meio padrão sem os fármacos. Na etapa dois, os ensaios com fluoxetina e paracetamol ocasionaram reduções no crescimento das microalgas. Não houve efeito toxico nos testes de ecotoxicidade do sobrenadante dos cultivos da microalga Scenedesmus, obtendo índices de germinação acima de 80%. O sobrenadante dos cultivos de Spirulina obtiveram índices de germinação abaixo de 10%, fator este relacionado a toxicidade do meio de cultivo. Na etapa 3 a biodegradação dos fármacos foi observada, com reduções de 39% das concentrações de cafeína e quase 80% das concentrações de fluoxetina, além disso quantificou-se a presença de subprodutos da degradação dos fármacos. Sendo assim, é possível verificar que a microalga pode realizar a degradação de poluentes emergentes via mecanismo de biodegradação. Ainda, as biomassas cultivas podem ser utilizadas para a produção de biocombustíveis, principalmente bioetanol e as águas residuais dos cultivos podem ser utilizadas em processos de fertirrigação.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental}, note = {Faculdade de Engenharia e Arquitetura – FEAR} }