@PHDTHESIS{ 2019:402214352, title = {Humanização e sensibilidade: educação e uso do corpo em Giorgio Agamben}, year = {2019}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2260", abstract = "A proposta desta tese, vinculada à linha de Fundamentos da Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Passo Fundo (UPF/RS), é desenvolver uma proposição de educação do corpo humano diferenciadora da formação desenvolvida historicamente sobre este como instrumentalizadora, performática, utilitarista e funcional. Propôs-se o desenvolvimento de uma educação do sensível sustentada na ideia de uma nova forma de ser humano em que o corpo não seja entendido como objeto de apropriação e de produtividade, mas de uso e de cuidado consciente. Sustentada em Giorgio Agamben, especialmente nos conceitos de uso do corpo, vida nua, inoperosidade e profanação, e de autores que o conectam com a educação, apresentou-se uma concepção de educação humanizadora, consciente e sensível, apontando que a relação humana com a corporeidade não pode ser determinada nem pela instrumentalidade natural e nem pela ordem política instituída, mas antes por uma atitude de contemplação e de inoperosidade como nova forma de vida. Como objetivo geral buscou-se identificar as contribuições e conexões agambenianas com a educação e o uso do corpo na perspectiva da inoperosidade e como possibilidade de vivenciá-lo de maneira mais terna, sensível, humana.Destacou-se também os conceitos e as aproximações com Foucault, fundamentais para a constituição do pensamento de Agamben, especialmente no que concerne ao conceito de biopolítica, elo principal entre os dois autores. Fundamentalmente, problematizou-se a noção de corporeidade como instrumento de produção no processo da globalização capitalista, esclarecendo o conceito de uso do corpo como fonte de emancipação e humanização. Para tal, desenvolveu-se um estudo de natureza bibliográfica, de abordagem metodológica reconstrutivo-crítico-hermenêutica no campo educacional. A análise centrou-se na ideia de substituição da concepção da educação como “ação”, pela concepção de educação como “uso dos corpos”, apontando ser esta uma abordagem desafiadora, mas eficaz para a humanização e o desenvolvimento de uma maior sensibilidade relativamente ao corpo e à vida humana de modo geral. À guisa de conclusão, considera-se que as categorias analíticas de Agamben podem contribuir na ressignificação da educação do corpo. Isso é possível utilizando-se dos dispositivos agambenanos da profanação e da inoperosidade como forma de vida, convertendo-os em uma experiência crítica e transformadora, perspectivando um outro olhar sobre a educação da corporeidade, de modo a tornar o uso do corpo uma prática mais humanizada, amorosa, terna e sensível.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educação – FAED} }