@PHDTHESIS{ 2021:1892657325, title = {Valoração de efluentes de digestão de dejetos bovinos com cultivos mistos de microalgas}, year = {2021}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2180", abstract = "O rápido desenvolvimento da criação de bovinos de forma confinada, produziu uma grande quantidade de águas residuais, que podem resultar na eutrofização dos corpos d'água e contaminação das águas subterrâneas. Os cultivos de microalgas em efluentes podem contribuir para a remoção parcial de nitrogênio e fósforo, auxiliando no tratamento. Além das microalgas auxiliarem no tratamento do efluente, em diversos estudos, são consideradas biomassas promissoras e sustentáveis para a produção de biocombustíveis. A toxicidade dos efluentes pode afetar o crescimento algal, havendo a necessidade de estudo de concentrações de efluentes a serem utilizadas nos cultivos algais, bem como o uso de consórcios entre microalgas, que minimizem essa problemática. Dessa forma, objetivou-se estudar os cultivos das microalgas Spirulina e Scenedesmus isoladamente e em consórcio, em efluente de pós tratamento de dejetos de bovinos. Estudos de aumento de escala de cultivo foram realizados, avaliando-se o melhor modo de cultivo. Inicialmente, as diferentes microalgas foram cultivadas em fotobiorreatores individuais a fim de avaliar-se o melhor meio de cultivo para o crescimento de ambas microalgas (Zarrouk diluído a 20%, BG-11 e o meio BGZ modificado), sendo que a cinética de crescimento de ambas microalgas foi melhor com o meio Zarrouk 20%. Este meio também permitiu maior acúmulo de carboidratos intracelulares. Posteriormente foram realizados cultivos em escala laboratorial das microalgas Spirulina platensis e Scenedesmus obliquus em consórcios utilizando o efluente, a fim de viabilizar a produção de biomassa de microalgas para uso em biorrefinarias. As biomassas obtidas foram caracterizadas para avaliar o potencial para a produção de biocombustíveis e outros bioprodutos. O efluente foi utilizado em condições estéreis e não estéreis para melhor compreender a influência de outros microrganismos na remoção de N e P. A biomassa obtida com adição de 10% de efluente estéril em meio Zarrouk (20%) apresentou 44,12% e 34,62% de carboidratos, utilizando Spirulina platensis em monocultura ou os consórcios 50%/50% de Spirulina e Scenedesmus, respectivamente, esta biomassa apresentando potencial para ser utilizado na produção de bioetanol. As remoções de nitrogênio e fósforo foram maiores nas condições não estéreis e atingiram 92,7% e 49,66% de remoção de nitrogênio e fósforo, respectivamente, utilizando os consórcios e com adição de 30% de efluente no meio. Por fim, foi realizado o cultivo em escala piloto em raceways de 10 L, sendo que o melhor resultado foi escalonado em raceway de 100 L. Os ensaios foram realizados com a adição de efluente não esterilizado, com adição de 10% (v/v) de efluente nos tempos 1, 5 e 10 d, em modo batelada alimentada. As biomassas obtidas foram caracterizadas para avaliar o potencial para a produção de biocombustíveis e outros bioprodutos. Os cultivos que atingiram a maior massa seca foram 50% Scenedesmus + 50% Spirulina aos 15 dias de cultivo, sendo que a maior concentração de carboidratos foi alcançada no cultivo com 100% de Spirulina. Houve uma remoção de 16,75% de fósforo e 88,2% nitrogênio nos primeiros 5 dias de cultivo. O aumento de escala (raceway 100 L) apresentou resultados semelhantes em comparação ao cultivo realizado nos raceways de 10 L. O cultivo das microalgas em consórcio ou a Spirulina de forma isolada podem ser utilizados para auxiliar o tratamento do efluente concomitantemente à produção de biomassa para diferentes aplicações.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental}, note = {Faculdade de Engenharia e Arquitetura – FEAR} }