@PHDTHESIS{ 2021:664008188, title = {O processo de tomada de consciência em idosos agricultores egressos da EJAI quanto à mobilização dos saberes escolares nas lidas cotidianas}, year = {2021}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2159", abstract = "O campo de abrangência das pesquisas acerca do envelhecimento populacional tem assumido significativa complexidade e amplitude nas últimas duas décadas. Isso deve-se, sobretudo, ao aumento da população idosa, e, às políticas públicas destinadas a essa expressiva parcela da sociedade. O presente estudo origina-se fundamentalmente da compreensão de que a educação pode e deve contribuir com os processos de ressignificação desta nova velhice. A história de negação ou exclusão dos que hoje são idosos não pode justificar a sonegação do seu direito de acessar outros saberes e de estabelecer novas conexões. O tema geral desta pesquisa versa sobre o processo de tomada de consciência quanto à mobilização dos saberes escolares em idosos agricultores egressos da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI), na modalidade de ensino médio, de uma comunidade rural de Concórdia, SC, a partir da problematização das lidas diárias nas propriedades rurais. O objetivo central consiste em estudar o processo de Tomada de Consciência quanto à mobilização dos saberes escolares em idosos agricultores egressos da EJAI. Os objetivos específicos são: buscar no contexto das pesquisas acadêmicas a produção do conhecimento sobre a velhice e os processos de aprendizagem ao longo da vida; sistematizar panoramicamente acerca da Psicologia do Envelhecimento na perspectiva da aprendizagem e cognição de idosos; abordar o contexto do envelhecimento humano nos quesitos de nomenclatura, legislação, conjunturas nacionais e locais. A pergunta central da tese a ser respondida é: De que níveis são as manifestações de Tomada de Consciência dos idosos agricultores egressos do processo de educação escolar em nível médio, quanto à mobilização dos saberes escolares na operacionalização de lidas cotidianas? O estudo orienta-se também por duas perguntas adjacentes: Em que medida o contexto de escolarização na chamada ¿idade regular¿ influenciou nos níveis conceituais na vida idosa? Qual a importância da instituição escolar na vida destes sujeitos idosos? A opção teórica que sustenta a pesquisa está ancorada em três vertentes: a) na teoria de desenvolvimento humano de Jean Piaget (1977; 1978), especialmente no que concerne ao processo de tomada de consciência; b) na psicologia do envelhecimento de Paul Baltes (1980; 1987), que apadrinha o paradigma do desenvolvimento humano ao longo da vida, pressupondo-o como um processo multidirecional e multifuncional, influenciado por fatores históricos, psicológicos, biológicos, sociais e culturais; c) no contexto social da velhice com base no enfoque de Anita Liberalesso Neri. Os processos investigativos estão ancorados no método clínico piagetiano, norteado por situações-problema das lidas cotidianas. As estratégias basilares utilizadas no contexto desta investigação foram a intervenção clínica com palavras cruzadas - envolvendo os saberes escolares e cotidianos - e a observação de campo no cultivo da horta domiciliar. Recorreu-se também a instrumentos periféricos, tais como entrevista semiestruturada e base de dados produzidos na pesquisa do Mestrado da autora da presente tese. Os sujeitos desta pesquisa são cinco idosos agricultores residentes na zona rural do município de Concórdia/SC, com idades entre 60 e 70 anos, sendo três mulheres e dois homens, egressos de um Programa de Escolarização para EJAI que iniciou em 2010, com a alfabetização inicial, e terminou com o ensino médio, em 2017. Concluiu-se que cada sujeito pesquisado manifesta sua Consciência em proporção e situações diferentes a partir das vivências que experienciou ao longo dos seus anos. Esse resultado é coerente com a posição de Piaget (1983), de acordo com a qual não existe uma cronologia hermética para a apropriação dos conhecimentos mas, sim, uma ordem sucessiva que é variável e está subordinada às experiências anteriores dos sujeitos, às transmissões sociais, à sua maturação e, essencialmente, ao ambiente social que pode acelerar ou retardar o advento de um estágio, ou mesmo inibir a sua manifestação. Assim, constata-se que não se fica idoso ou velho em uma idade convencionada e, nesta perspectiva, o envelhecer é uma questão de experiência da própria existência.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educação – FAED} }