@PHDTHESIS{ 2021:201296430, title = {O verde-amarelo no Brasil contemporâneo: relação enunciativo-semiológica entre homem, língua, cultura e sociedade.}, year = {2021}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2101", abstract = "Esta tese tem por temática a constituição do verde-amarelo como símbolo do nacionalismo brasileiro. O objetivo geral do presente estudo consiste em estudar a constituição do símbolo verde-amarelo a partir de sua apropriação por diferentes grupos e classes sociais e descrever os sentidos produzidos em seu emprego no campo político-ideológico pela sociedade contemporânea brasileira. Tem-se como problema de pesquisa: como o símbolo verde-amarelo é interpretado, pela língua, na história a ponto de contemporaneamente ter um sentido diferente? Diante de tal problemática, apresentam-se três hipóteses de pesquisa: a) é na configuração de língua enquanto prática humana que novas designações para o símbolo verde-amarelo se formam, passando a integrar um sistema não linguístico que pode ser representado e interpretado pelo sistema da língua; b) os discursos contemporâneos no campo político-ideológico que contêm o símbolo verde-amarelo revelam um nacionalismo distinto das demais situações enunciativas estudadas nesta tese (no capítulo I), o que possibilita inferir valores culturais sobre a sociedade brasileira; c) o símbolo verde-amarelo integra a língua portuguesa porque é constantemente atualizado pelo emprego da língua no campo social, condição que o torna resistente às mudanças ocorridas na sociedade empírica. Para o desenvolvimento deste estudo, apresenta-se, no primeiro capítulo, uma abordagem histórica que exemplifica os usos do verde-amarelo ao longo da constituição da nação brasileira que permite considerá-lo um símbolo nacionalista. Uma reflexão envolvendo homem, língua, cultura e sociedade está presente no capítulo II. Esse capítulo se organiza, sobretudo, tomando como ponto norteador do percurso teórico empreendido dois artigos de Émile Benveniste, presentes na obra Problemas de linguística Geral II, quais sejam: Estrutura da língua e estrutura da sociedade (1968), no qual se encontra o axioma benvenistiano de que a língua contém a sociedade, o que significa que é inevitável interpretar qualquer fato social fora das expressões linguísticas; e Semiologia da língua (1969), no qual o linguista apresenta a tese de que a língua pode interpretar todos os sistemas sígnicos, inclusive ela mesma - propriedade esta que faz da língua o principal sistema dentro da semiologia geral. Define-se, a partir das perspectivas enunciativa e semiológica, a seguinte tese: o sentido do símbolo verde-amarelo, construído (sócio)historicamente, pode ser interpretado pela língua, que contém a sociedade.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }