@PHDTHESIS{ 2020:1493090553, title = {Politicalha de aldeia": os criminalizados do Estado Novo no Oeste de Santa Catarina à luz dos processos-crime do Tribunal de Segurança Nacional}, year = {2020}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2071", abstract = "O propósito deste estudo é investigar, através de um conjunto de inquéritos policiais instaurados contra indivíduos estabelecidos no Oeste de Santa Catarina, cujos autos foram transformados em processos-crime junto ao Tribunal de Segurança Nacional no Rio de Janeiro, as medidas repressivas decorrentes da campanha de nacionalização naquela zona fisiográfica durante o Estado Novo (1937-1945). O Oeste catarinense, delimitação espacial do estudo, sentiu profundamente os efeitos das ações da campanha de nacionalização, visto que registrava, a partir do início do século XX, intenso processo de fixação de colônias de (i)migrantes teutos e ítalos. Esses núcleos "desnacionalizados" eram vistos, aos olhos do governo varguista, como "quistos étnicos" e acusados de transmissores de ideologias estrangeiras que colocavam em risco a segurança nacional do país, portanto necessitavam experimentar as medidas nacionalistas, devendo ser combatidos e assimilados. Partindo do entendimento de que a temática da nacionalização está intimamente relacionada com a imigração e a identidade étnica, encontramos nos processos-crime importantes elementos para compreender como o processo de nacionalização atingiu as comunidades interioranas, revelando o modo como as medidas repressivas (institucionalizadas) da campanha de nacionalização foram sentidas pela população do Estado de Santa Catarina. Nesse contexto, os processos-crime do TSN são a materialização da ação repressiva instaurada por meio da política autoritária do Estado Novo. Em tese, o curso dos processos costumava ser idêntico: iniciava com inquérito policial e culminava no TSN, onde os autos eram transformados em processo-crime. Em comum, a "politicalha de aldeia": a Polícia contava com as delações e denúncias irrompidas dentro das comunidades, onde intrigas, desentendimentos, desavenças e desafetos banais resultavam em rigorosos inquéritos policiais, que, por sua vez, alcançavam o Egrégio Tribunal de Segurança Nacional, um tribunal condenatório para comunistas e integralistas, que agia como instrumento político-jurídico e legitimava as práticas repressivas e autoritárias do governo varguista.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }