@PHDTHESIS{ 2019:408397985, title = {A imagística da escrita nos romances de Clarice Lispector}, year = {2019}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2018", abstract = "Ao longo de sua carreira literária, em inúmeras entrevistas, Clarice Lispector deparou-se com a pergunta “Por que você escreve?”. Em nenhuma das ocasiões, porém, conseguiu dar uma resposta direta à questão. Através de suas evasivas, bem como das conversas com outros autores, a escritora revelava ser esta uma inquietação pessoal. Por isso, talvez, a temática adquiriu tanta importância em seus textos, especialmente no que diz respeito aos seus romances. Através de uma construção metalinguística, Lispector expôs suas reflexões sobre a escrita, o que tornou sua obra uma importante fonte de estudos para o campo da criação literária. Partindo disso, a presente tese baseia-se na obra A imagística de Shakespeare, de Caroline Spurgeon (2006), cuja finalidade foi reunir, catalogar e analisar todas as metáforas presentes na obra do clássico escritor inglês, para se aproximar da resposta buscada por Lispector: sua razão para escrever. Tendo em vista este objetivo, o método empregado consistiu na leitura de seus romances da autora, destacando todas as suas imagens, ou seja, as metáforas, símiles e comparações, acerca da escrita e da composição literária. Em um segundo momento, tais imagens foram digitadas e categorizadas, de acordo com seu conteúdo, permitindo uma visão quantitativa do que a escrita, de fato, representava para Lispector. Como resultado da análise, chegou-se a duas temáticas principais, que ocupam 65% das metáforas analisadas: a Impossibilidade, ligada à ineficiência da palavra para atingir o que Lacan (2003) denominou de real, e a Demiurgia, conceito que liga o ato criador de um escritor ao de Deus, através da mitologia da palavra, abordada aqui pelo viés dos estudos de Cassirer (2009). Além disso, esta tese analisa as demais seções encontradas à luz de teorias de diferentes áreas, como a filosofia, a linguística, a psicanálise e a psicologia positiva. Para isso, recorre-se, entre outros, aos seguintes autores: Platão (2004), Aristóteles (1959), Wittgenstein (2005), Austin (1990), Foucault (1967) e Csikszentmihalyi (1999).", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }