@MASTERSTHESIS{ 2020:2081479539, title = {Autoformação do mestre gestor: experiência e espiritualidade}, year = {2020}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/1977", abstract = "A presente dissertação é motivada pelo desafio intelectual de revisitar as experiências formativas da própria pesquisadora. Com base nesse intuito, trata-se de lançar luzes sobre como ocorre o processo de formação pessoal ao longo da trajetória profissional no magistério e, em especial, como ele se dá na experiência da gestão educacional movida pela tensão permanente entre governar a si mesmo e governar aos outros. Investiga, nesse contexto, Michel Foucault através da obra a Hermenêutica do Sujeito, a fim de compreender a formação humana enquanto autoformação, o que permite recolocar a figura do mestre. Nesta pesquisa, este é apresentado como mestre-gestor, como aquele que cuida do cuidado que o outro tem sobre si mesmo. Através do conceito de espiritualidade desenvolvido por Foucault o estudo foca, com toda a radicalidade possível, a pergunta crucial da experiência humana concernente à própria condução da vida humana: O que o ser humano fez e o que está fazendo de si mesmo e o que fará doravante? Levar a sério essa pergunta exige dos sujeitos um processo profundo de transformação e faz com que a investigação proponha ainda outra questão: O que significa a formação como autoformação na prática da gestão educacional e como isso ocorre à medida em que esta é interpretada mediante a perspectiva do cuidado de si? A partir desta questão a gestão educacional é pensada através da tensão permanente entre o cuidado de si e o cuidado dos outros, implicando um exercício constante de autorreflexão e de reelaboração da própria experiência. Neste movimento, o gestor, aqui concebido como mestre, assume um lugar importante no cenário da formação humana, reascendendo seu papel pedagógico para mobilizar a tanto sua autoformação quanto a do seu discípulo. Em Foucault, assim também como no pensamento clássico ocidental, a figura do mestre tornou-se fundamental para levar o discípulo a experienciar-se a si mesmo como sujeito ético da verdade. Conclui-se, de forma análoga, que o mesmo ocorre com o papel da figura do mestre-gestor enquanto alguém capaz de conduzirse e de conduzir seus discípulos na tarefa de bem cuidar-se. Nesse sentido, o ócio estudioso, aplicado ao estudo, à leitura, à escrita e à meditação, mostra-se como fundamental para a formação e autoformação dos sujeitos.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educação – FAED} }