@MASTERSTHESIS{ 2020:1798542110, title = {Avaliação do estado de conservação de Butia exilata e o impacto dos agrotóxicos na dinâmica de vida das abelhas solitárias}, year = {2020}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/1926", abstract = "A palmeira Butia exilata é endêmica do noroeste do Rio Grande do Sul e encontra-se Criticamente em Perigo (CR) de extinção. Por ser uma espécie relativamente nova para a ciência, as informações sobre reprodução, estrutura da população, ocorrência e distribuição ainda são escassas. Essas informações são importantes para embasar qualquer esforço de conservação da espécie. Parte das espécies de polinizadores do B. exilata são abelhas solitárias, que correm sérios riscos devido a diversos fatores, incluindo a utilização de agrotóxicos. Foi percorrido cerca de 423,66 km, na região de possível ocorrência da espécie. Todos os possíveis indivíduos de B. exilata avistados foram identificados, analisados, fotografados e georreferenciados. Foi utilizada a ferramenta Geospatial Conservation Assessment Tool GeoCAT para o cálculo da Extensão de Ocorrência (EOO) e Área de Ocupação (AOO) da espécie. Foi feita uma amostragem sistemática dentro dos limites do Parque Estadual do Papagaio Charão PEPC, sobre a área de 322,89 hectares, historicamente ocupada por campos, com 25 parcelas de 20x20 (400 m²). Foram utilizadas imagens do Satélite Landsat 7/NASA, do ano de 2003 e Landsat 8/NASA do ano de 2020 para elaboração dos mapas de Índice de Vegetação com Diferença Normalizada (NDVI). Na cidade de Pontão/RS, às margens da rodovia ERS 324, foram feitas as observações dos polinizadores e coleta de frutos. Como resultados foi determinada a Extensão de Ocorrência (EOO) do B. exilata em 627,072 km² e a Área de Ocupação (AOO) em 160,000 km², esta última dez vezes maior do que se pensava. Foi descoberta uma população de aproximadamente 29 mil indivíduos dentro do PEPC, porém as áreas de campos diminuiram de 227,56 hectares em 2003 para 43,621 hectares em 2020, em consequência da regeneração florestal. Apenas 29,37% dos indivíduos dentro do PEPC estavam reproduzindo; em contraste com 97,16% dos indivíduos localizados nas margens das estradas. Foram observados visitando as flores seis gêneros de abelhas e vespas, sendo, Augoclhora sp. e Ceratina sp. gêneros de abelhas solitárias e Apis mellifera (Linnaeus, 1758), Paratrigona sp., Polybia sp. e Tetragonisca sp. gêneros de abelhas sociais. Apesar de ampliar a EOO e a AOO os dados de perda de habitat, reprodução e fragmentação do ambiente reforçam a classificação da espécie na categoria Criticamente em Perigo (CR). Concomitantemente foi efetuada uma revisão sistemática dos efeitos dos agrotóxicos na vida de abelhas solitárias. A pesquisa foi feita nas seguintes bases de dados: Scopus, ScienceDirect, PubMed, Wiley e Web of Science, com as seguintes palavras-chave e suas combinações: assessment, ecotoxicology, effect, exposure", "insecticides", "pesticide", "risk e solitary bee. Foram encontrados 229 artigos, dos quais 13 foram selecionados. Os pesquisadores testaram os efeitos de 18 formulações de agrotóxicos, principalmente organofosforados e neonicotinóides, em quatro espécies de abelhas solitárias: Osmia bicornis, Megachile rotundata, Osmia cornuta e Osmia lignaria. O agrotóxico mais utilizado foi o neonicotinóide Imidacloprido. A maioria das formulações de inseticidas testados afetaram negativamente pelo menos uma das seguintes categorias: Abundância, Alimentação, Longevidade, Memória, Mortalidade, Reconhecimento de Ninho e Reprodução. Conforme os critérios utilizados, a revisão não resultou em espécies encontradas polinizando o B. exilata.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais}, note = {Instituto de Ciências Biológicas – ICB} }