@PHDTHESIS{ 2019:236138743, title = {A formação de leitores de fotografias como prática integrativa de promoção de saúde na oncologia}, year = {2019}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/1892", abstract = "A sociedade pós-moderna cotidianamente desafia as equipes de saúde a ressignificar suas práticas e promover um cuidado integral que alcance a profundidade das maneiras de ser e dos modos de vida, especialmente na área da Oncologia. Os avanços tecnológicos e científicos, apesar de qualificar diagnósticos e terapêuticas, podem comprometer o foco da relação entre profissionais e sujeito da atenção. Como o câncer é uma doença agressiva e causa impactos profundos ao paciente, a imagem emergente da vida psíquica une e centraliza os fatos, como se fosse uma fotografia do momento em que a pessoa a experivencia. Compreender essa "fotografia" pode abrir possibilidades de autoconhecimento, entendimento e aceitação da doença. Esta pesquisa trata da formação de leitores de imagens fotográficas como estratégia de promoção de saúde e cuidado humanizado na Oncologia. Buscou verificar se, por meio da formação de leitores de imagens, se seria possível desencadear subsídios para qualificação do cuidado à saúde em pessoas que experienciam o câncer. Objetivou investigar o significado atribuído pelas pessoas envolvidas com o cuidado oncológico às imagens por elas produzidas e o que esses sujeitos revelavam na perspectiva do cuidado humanizado e das práticas integrativas em saúde, à luz da teoria do imaginário, de Gilbert Durand. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo-interpretativo, de abordagem hermenêutica simbólica, amparada na Teoria do Imaginário, de Gilbert Durand, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo. O caminho percorrido, além das fases iniciais, constitui-se de duas oficinas de formação de leitores de fotografias: uma para estudantes de Medicina e Enfermagem; outra para profissionais vinculados ao Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Atenção ao Câncer do Hospital São Vicente de Paulo. Elas foram desenvolvidas com metodologias ativas, em cinco encontros, de 90 minutos cada. Os participantes que foram assíduos nos cinco encontros integraram a amostra do estudo, totalizando cinco estudantes e sete residentes. A coleta de dados utilizou uma ficha do perfil dos participantes, uma entrevista aberta e o diário de campo do pesquisador. Para compreensão dos resultados foram consideradas as produções do último encontro, lidas pelo método de Leitura Transtextual Singular Individual proposto por Ormezzano. A partir do texto icônico elaborado pelos participantes, buscamos as referências do imaginário à luz da teoria durandiana pela identificação do schéme, arquétipo e motivações simbólicas, considerando o dinamismo e a convergência dos símbolos nas estruturas isomórficas. Os resultados foram organizados em três vertentes: a importância da imagem na formação em saúde, o cuidado humanizado e o olhar de diferentes perspectivas. O significado atribuído pelos estudantes e profissionais ao processo de formação de leitores de imagens fotográficas na perspectiva do cuidado oncológico humanizado e das práticas integrativas em saúde à luz da Teoria do Imaginário revelou a possibilidade da imaginação criativa como estratégia de resiliência e reintrodução do simbólico no mundo contemporâneo. Desenvolvemos uma metodologia viável para qualquer contexto, não restrita à Oncologia. Necessita, certamente, de um mediador de leitura preparado. E essa pode ser uma valiosa abertura para promover a interdisciplinaridade entre as áreas da Saúde e Letras, tecendo laços e entrelaços de ricas oportunidades para prática da intersetorialidade em saúde. Os revelados produzidos resultaram das dimensões subjetivas e objetivas, tendo o universo simbólico como pano de fundo. Foi um convite à reflexão e uma proposta de humanizar a atenção oncológica, por meio da valorização e da percepção do outro e de si mesmo na relação de cuidado. E, nesse movimento, também propiciou a reflexão sobre a saúde mental dos cuidadores. Afinal, quem cuida de nós? Enfim, para não concluir, inferimos que redescobrir a imaginação e seu potencial de nos reconduzir ao simbólico foi essencial, tanto para a ressignificação de um sentido possível à vida e ao cuidado em saúde, quanto à tarefa de resiliência para a qual o atual cenário mundano nos convoca e desafia.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }