@MASTERSTHESIS{ 2019:233894756, title = {O processo de institucionalização de novas práticas de controles de gestão em pequenos empreendimentos}, year = {2019}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/1830", abstract = "O presente estudo tem por objetivo analisar como ocorre o processo de institucionalização de novas práticas de controles de gestão em pequenos empreendimentos. O fenômeno da mudança em contabilidade gerencial, especialmente as forças e lógicas que potencializam ou comprometem o processo, são analisados com base na teoria institucional, nas abordagens da velha economia institucional e da nova sociologia institucional. Os modelos teóricos utilizados para o processo de institucionalização são a expansão proposta por Bogt e Scapens (2014) ao modelo de Burns e Scapens (2000) e o modelo de Tolbert e Zucker (1999). Para atingir o objetivo proposto, esta pesquisa é delineada pela perspectiva interpretativista, com abordagem qualitativa e natureza descritiva, por meio de um estudo de caso múltiplo com duas pequenas empresas assistidas pelo Projeto de Extensão Produtiva e Inovação da Universidade de Passo Fundo. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas junto ao diretor proprietário e dois gestores de cada empresa, totalizando seis participantes. Além disso foram analisados diversos documentos e realizada observação não participante nas dependências das empresas. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo com o auxílio do software Atlas.ti 8.0®. Os resultados encontrados revelaram que em ambas as empresas, além das pressões externas, decorrentes do mercado e de legislações específicas, houve a presença do poder hierárquico impulsionando a mudança. No entanto, diferentes tipos de racionalidade foram aplicados a partir da implantação do Sistema de Gestão da Qualidade, algumas potencializando o processo, a exemplo dos gestores e encarregados de setor, outras comprometendo, como a resistência dos atores operacionais, motivada pelo conflito de interesses e divergência na interpretação do significado desta nova prática. Estes resultados confirmam pesquisas anteriores, ao revelar que a mudança ocorre por meio de uma mescla de fatores externos e internos, os quais enfrentam resistência de ordem interna. De relações de poder a interesses pessoais, a resistência envolve diversos fatores, com mais ou menos intensidade, constituindo um elemento natural do ser humano. Porém, nem sempre impedem a implementação da nova prática. Das empresas estudadas, uma conseguiu superar a resistência inicial e obteve sucesso na implementação, enquanto a outra precisou interromper o processo. Portanto, deduz-se que tanto os fatores que potencializam como os que comprometem a mudança possuem sua intensidade, variando conforme o contexto organizacional, comprovando estudos anteriores que argumentam que cada organização pode responder de maneira diferente perante o mesmo campo institucionalmente complexo. Os achados deste estudo, fornecem aos gestores de pequenos empreendimentos subsídios que podem ser úteis na implantação de novos controles de gestão. Compreender os fatores externos e internos que favorecem ou oferecem resistência ao processo, pode auxiliar na obtenção de mudanças bem sucedidas, contribuir com o planejamento das ações e otimização dos recursos. Conhecer as diferentes racionalidades presentes na organização e gerenciar estes elementos de forma holística, pode contribuir para que possíveis resistências sejam sanadas de forma preventiva, os significados compartilhados e a nova prática consolidada. Palavras-chave: Teoria institucional. Controles de gestão. Mudança. Sistema de gestão da qualidade.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Administração}, note = {Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis – FEAC} }