@PHDTHESIS{ 2019:1783005891, title = {Émile Benveniste em suas últimas aulas no Collège de France: a escrita em questão}, year = {2019}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/1773", abstract = "Este trabalho propõe um estudo sobre a escrita. Especificamente, busca responder, como questão de tese, qual é o diferencial no pensamento de Émile Benveniste sobre a escrita. A proposta parte dos fundamentos teóricos de Émile Benveniste, presentes em suas Últimas aulas no Collège de France 1968 e 1969 e em seus dois tomos de Problemas de Linguística Geral. A pesquisa estabelece como objetivo geral verificar como o linguista elabora o problema da escrita na dimensão linguística em seu quadro teórico. Para orientar o percurso investigativo, foram traçados os seguintes objetivos específicos: (re)constituir o cenário científico sobre a escrita no tempo que antecede as últimas aulas de Émile Benveniste; compreender as motivações de Benveniste em relação à escrita, a partir da leitura realizada do Curso de Linguística Geral; e, com isso, situar a própria discussão saussuriana a respeito da escrita; debater as lições sobre a semiologia e a relação entre a língua e a escrita; por fim, inscrever a significância da escrita a partir do quadro benvenistiano. No que tange aos objetivos da pesquisa, eles são determinados como exploratórios e descritivos, visto que permitem um novo modo de ver o tema desta tese, ao passo que se apresenta a descoberta da última reflexão de Benveniste. A pesquisa enquadra-se como qualitativa. Propõe-se, ainda, um corpus para proceder a análise da escrita. Trata-se do jornal Pato Macho, o qual circulou no Rio Grande do Sul, especialmente em Porto Alegre, no ano de 1971, durante quinze semanas. Como parte dos resultados, observa-se que, ao operar a propriedade da dupla significância da língua, Benveniste constata que a escrita se apresenta como uma forma secundária da fala, portanto, uma forma secundária do discurso; forja das duas maneiras de ser língua: língua como semiótico, língua como semântico. Além disso, dada a propriedade fundamental de significância da língua, com o estudo do sistema da escrita, Benveniste consegue imprimir a propriedade da interpretância da língua sobre seu próprio sistema, pois pela escrita a língua consegue realizar sua autossemiotização. Em virtude disso, Benveniste determina que a língua e a escrita significam exatamente da mesma maneira. A escrita mostra-se, assim, um lugar privilegiado para a observação da língua.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }