@MASTERSTHESIS{ 2018:50246193, title = {Caracterização clínica e anatomopatológica da infecção por haemophilus parasuis sorovar 7 cepa 174 em leitões privados de colostro}, year = {2018}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/1750", abstract = "O Haemophilus parasuis é um cocobacilo gram negativo pertencente à família Pasteurelaceae e causador da Doença de Glässer, a qual se caracteriza pela deposição de material fibrinoso a fibrinossupurativo em articulações, serosas e meninges. Até o momento, existem 15 sorovares (SV) tipificados deste microrganismo, classificados em altamente e moderadamente virulentos, e avirulentos. Dentre os sorovares considerados avirulentos ou de baixíssima virulência está o sorovar 7, cepa de referência 174. Este sorovar é assim classificado desde o ano de 1992; entretanto, estudos recentes demonstram um aumento na prevalência do SV7 não somente no pulmão, mas também em outros sítios como articulações, em suínos acometidos pela Doença de Glässer. Estes fatos nos instigaram a crer que o SV7 é virulento e capaz de desencadear a Doença de Glässer. Para comprovar essa hipótese e a virulência do SV7, vinte leitões privados de colostro foram desafiados intratraquealmente com 1x107 Haemophilus parasuis SV7 cepa 174 e avaliados clinicamente a cada 24 horas. Animais infectados apresentaram sinais clínicos condizentes com a Doença de Glässer. Em menos de 24h um animal morreu por choque séptico. Após 24h, os animais apresentaram febre acima de 40°C, associada, primeiramente, com artrite, seguido de sinais respiratórios. Conforme a evolução do quadro, no segundo e terceiro dias, os animais apresentavam sinais neurológicos associados à artrite e dispneia. Nenhum animal sobreviveu ao quinto dia pós-infecção. Todos os suínos infectados foram necropsiados para coleta de material biológico visando o isolamento do SV7 e avaliação das lesões macro e microscópicas. O H. parasuis foi recuperado após semeadura do material biológico em ágar chocolate seguido da confirmação do SV7 por meio de PCR multiplex. Os principais achados macroscópicos foram poliartrite, poliserosites e meningite, lesões clássicas da Doença de Glässer. Microscopicamente estas lesões constituíam-se de infiltrado de neutrófilos e macrófagos em meio a uma rede de fibrina (infiltrado fibrinossupurativo), associado a alguns linfócitos. Além disso, foi observada aplasia tímica e endoftalmite fibrinossupurativa. Pela análise dos achados anatomopatológicos, observamos a possibilidade de o H. parasuis ultrapassar barreiras hematógenas em diferentes órgãos como, cérebro, olho e timo. Lesões oculares nunca antes descritas para a Doença de Glässer foram observadas em diversos animais e se caracterizaram por endoftalmite e perineurite do nervo ocular. Com esse estudo concluímos que o SV7, cepa 174, é capaz de causar a Doença de Glässer em suínos altamente susceptíveis, promovendo um curso clínico letal, e que a classificação deste SV deveria passar de avirulento para virulento", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação}, note = {Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – FAMV} }