@MASTERSTHESIS{ 2019:19907473, title = {"Posso fala?" - Um olhar enunciativo a aula de redação}, year = {2019}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/1738", abstract = "Esta pesquisa trata do discurso falado que antecede o processo de produção textual na aula do componente curricular Redação. Neste trabalho, adotou-se uma concepção de produção de texto como um processo que prevê um antes-durante-depois que antecede, acompanha e perpassa a aula de escrita. É possível que a relação durante-depois a qual este trabalho faz referência já esteja assistida por diversos trabalhos acadêmicos, entretanto, é perceptível no "antes" uma lacuna que, por tratar de espaço pouco estudado, merece atenção especial. O objetivo desta dissertação é verificar a existência de um recorte espaço-tempo que antecede a escrita, através da instauração de uma instância discursiva, na qual o aluno possa propor-se como sujeito e construir um texto falado. Propõe-se a partir da investigação de documentos como os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, 1998, 2000, 2002), Diretrizes Curriculares Nacionais (2013), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica (9394/96), e, por fim, a Base Nacional Comum Curricular do Ensino Fundamental (2017) que o aluno deve ter a oportunidade de falar. Contudo, questiona-se em que momento, na aula de Redação, aos alunos é oportunizado um espaço de interlocução por meio do discurso falado. Dessa forma, a partir do embasamento teórico oferecido pela Teoria da Enunciação de Émile Benveniste (PLGI/2005, PLGII/2006) e de estudiosos que se dedicam à teoria, investigou-se as características das interlocuções instauradas em sala de aula na oportunidade da discussão das temáticas referentes à produção de textos escritos. Além disso, esta pesquisa se propôs a analisar os rastros " que denunciam subjetividade e intersubjetividade " materializados no discurso a partir do emprego das formas da língua pelo locutor que se torna sujeito e se enuncia. Para tanto, no ano de 2018, gravou-se aproximadamente 4h de aula de Redação no 2º ano do ensino médio de uma escola na região Norte do Rio Grande do Sul. Após a gravação, os dados foram transcritos e, a partir desse movimento, foi possível verificar as condições que facilitaram ou dificultaram a emergência do eu (aluno) no discurso em sala de aula. Os resultados obtidos não confirmaram a hipótese de haver um espaço na aula de produção textual dedicado exclusivamente à interlocução entre aluno-professor e aluno-aluno na oportunidade do debate da proposta de produção de texto. Nesta investigação, foram identificados muitos fatores relevantes no que diz respeito ao perfil de alunos e professores em sala de aula e se constatou como essas características influenciam a troca de turnos de fala e a interação dialogal entre ambos.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }