@PHDTHESIS{ 2018:1000178262, title = {Tá rindo do que? O funcionamento enunciativo do humor: polissemia e coexistência de sentidos n'o Pasquim}, year = {2018}, url = "http://tede.upf.br/jspui/handle/tede/1638", abstract = "Esta tese propõe-se, inicialmente, a compreender o humor sob diferentes abordagens teóricas. Parte-se, para isso, da ciência de que o fenômeno humor tem, por muito tempo, sido pauta da curiosidade e dos estudos de diferentes pensadores. Recorre-se, assim, aos estudos de Georges Minois (2003), Henri Bergson (1940, 2007), Vladimir Propp (1992) e Sigmund Freud (1905/1977, 1928/2016), que nos permitem traçar um percurso histórico, filosófico, antropológico, cultural e psicanalítico do humor. A escolha por esses autores, em específico, se justifica em razão de que, de algum modo, esses teóricos relacionam o funcionamento do humor e do riso com o humano, com o social e, por conseguinte, com a língua e seus sentidos, o que nos permite ver, em seus estudos, íntima relação com o funcionamento enunciativo do humor. Assim, dentro de seu campo de estudos, em algum grau, todos concebem a língua e seus sentidos como um referencial importante na constituição do humor. A partir da apropriação dessas concepções, recorre-se à Teoria da Enunciação para propor uma reflexão acerca de como esse humor se constitui na e pela língua, quando, por meio do sistema, o sujeito manipula a e se apropria da língua toda. Buscamos entender de que modo as categorias de pessoa e a (inter)subjetividade marcam a constituição do locutor como sujeito, a partir da instauração de um tu. Esse tu, nesse movimento de apropriação da língua, se instaura como eu, e (re)significa. Nosso percurso metodológico parte da apropriação dos estudos enunciativos de Émile Benveniste e de seus textos fundadores, de modo que esse aparato teórico embase a análise do corpus escolhido, qual seja, conteúdos de humor do semanário alternativo O Pasquim em publicações datadas do período em que o Brasil esteve sob o mais forte rigor da ditadura (1964-1985), nos anos de chumbo (1968-1972). A apresentação de algumas histórias dos bastidores pasquinianos tem, aqui, não um escopo histórico, mas um propósito linguístico, uma vez que esse contexto, ao qual denominamos de "condições de enunciação", se mostra indispensável para a compreensão das análises feitas no capítulo final da tese. Com suporte na Teoria da Enunciação, olhamos para esse humor n' O Pasquim, e percebemos que o funcionamento enunciativo do humor se dá a partir da coexistência de sentidos produzidos em diferentes tempos e lugares, envolvendo diferentes pessoas. Também são os estudos enunciativos que nos permitem perceber que somente é eu aquele que se enunciação e, portanto, produz sentidos - e que a coexistência é uma estratégia enunciativa do eu na produção do enunciado de humor. Evidencia-se, ainda, que a subjetividade não provoca o humor, ela está no humor. Nesse percurso, esta tese tem como escopo identificar as ligações entre o humor e o semanário O Pasquim pela língua - concebendo-o como "a língua toda" e olhando para o que ele representa - e a enunciação, a partir da coexistência de sentidos e da polissemia. Desse modo, dedicamo-nos a responder à nossa pergunta título: Tá rindo do quê?, tomando por base, para isso, o funcionamento enunciativo do humor e a polissemia e coexistência de sentidos n'O Pasquim.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }