@MASTERSTHESIS{ 2014:1868317446, title = {O mal estar de uma identidade regional : representações do trabalhador negro escravizadoe seus descendentes na historiografia Rio-grandense - Assis Brasil, Alcides Lima, Salis Goulart e Dante de Laytano}, year = {2014}, url = "http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/179", abstract = "Esta dissertação versa sobre o processo de construção de uma identidade étnico-histórica para o Rio Grande do Sul através da sua historiografia. Avaliamos as maneiras como foram elaboradas representações sobre o papel do trabalhador negro escravizado e seus descendentes no processo de formação desta sociedade. Os recortes da historiografia pertinente foram feitos por autor/obra, de forma que representem diferentes posturas, em diferentes períodos, mas que, no conjunto, sintetizem o posicionamento majoritário da historiografia sul-rio-grandense sobre o tema. Partimos da década de 1880, com os trabalhos História Popular do Rio Grande do Sul, de Alcides de Mendonça Lima, e História da República Rio-grandense, de Joaquim Francisco de Assis Brasil, passamos pela década de 1920, quando analisamos o livro Formação do Rio Grande do Sul, de Jorge Salis Goulart, chagando aos textos sobre o ―tema do negro‖, de Dante de Laytano, nas décadas de 1940-1950. Recorremos ao conceito de habitus, de Pierre Bourdieu, para compreender as representações construídas pelos agentes historiadores como manifestações que estão de acordo com o processo histórico, mas que, ao mesmo tempo, foram constantemente reelaboradas a partir das representações, muitas vezes arbitrárias e distorcidas, construídas por essa historiografia. É no habitus que encontramos um processo de naturalização dessas representações. Procuramos, além disso, conduzir a análise das representações enquanto visões sociais de mundo amparadas numa perspectiva de classe, já que os discursos desses historiadores têm endereço social, estão alinhados com posturas conservadoras de manutenção e aprimoramento das relações de poder em que, historicamente, trabalhadores negros escravizados e seus descendentes foram oprimidos. Ao mesmo tempo, procuramos valorizar o âmbito político do trabalho intelectual. Optamos por enfrentar o debate a partir dos trabalhos historiográficos, considerando legítimo enfatizar a parte dominadora e impositiva desses discursos que, muitas vezes, são apresentados como se fossem a visão correta, única e natural da essência da identidade étnica sul-rio-grandense", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {História} }