@MASTERSTHESIS{ 2017:1705405396, title = {Determinação dos sorovares de haemophilus parasuis relacionados com a doença de glässer no Brasil}, year = {2017}, url = "http://tede.upf.br/jspui/handle/tede/1600", abstract = "A Doença de Glässer (DG) é uma doença infecciosa, emergente, e de grande importância para a suinocultura mundial. Seu agente etiológico é o Haemophilus parasuis (H. parasuis), uma bactéria Gram negativa, fastidiosa, fenotipicamente heterogênea e que pode desencadear uma importante patologia sistêmica em suínos, caracterizada por poliserosite fibrinosa, poliartrite e meningite. H. parasuis é classificado em 15 sorovares (SV), no entanto, um número crescente de cepas não-tipificáveis (NS) e relacionadas à surtos de DG tem emergido, demonstrando a variabilidade genética deste microrganismo. O Brasil destaca-se como um dos principais países nessa cadeia de produção, sendo globalmente, o quarto maior em produção e exportação de carne suína. Apesar desta importância, os estudos relacionados à tipificação de cepas clínicas de H. parasuis circulantes no Brasil são escassos e não abordam a distribuição nacional dos sorovares nas principais regiões produtoras de suínos. Em nosso país, a imunoprevenção das infeções produzidas por H. parasuis é realizada através de vacinas comerciais baseadas em bacterinas mono e bivalentes, inativadas com formol e potencializadas com adjuvantes aquosos ou oleosos. Devido aos problemas relacionados com a capacidade protetora dessas vacinas, principalmente em razão da grande variabilidade fenotípica dos diferentes sorovares e da escassa ou ausente proteção cruzada conferida por um único sorovar, o isolamento e tipificação de cepas envolvidas em um surto de DG são determinantes para o desenvolvimento de um programa preventivo baseado em vacinação. Em resposta ao cenário nacional exposto acima, apresentamos neste trabalho: os sorovares de H. parasuis envolvidos em surtos de DG no Brasil; sua distribuição geográfica; o efeito temporal sobre a prevalência de sorovares; e, o impacto destas informações sobre as atuais estratégias preventivas vacinais utilizadas para prevenção da DG. Para alcançar estes objetivos, 460 cepas clínicas de H. parasuis provenientes de dez estados do Brasil, abrangendo as principais regiões produtoras de suínos, foram analisadas. As cepas foram tipificadas através da técnica de PCR multiplex desenvolvida por Howell et al. (2015) e a diferenciação dos sorovares 5 e 12 foi realizada mediante a técnica de hemaglutinação indireta modificada desenvolvida por Lorenson et al. (2017). Nossos resultados demonstram que a nível nacional os sorovares mais prevalente são SV 4 (26.6%), NS (17.6%), SV 1 (13.1%), SV 14 (12.6%) e SV 5 (10.7%). Considerando-se a virulência dos sorovares, de acordo com a classificação proposta por Kielstein e Rapp-Gabrielson (1992), mais da metade do total dos isolados pertencem ao grupo dos sorovares altamente virulentos (51.0%) e 31.4% ao grupo dos sorovares moderadamente virulentos. Observamos que as cepas NS foram isoladas fundamentalmente do sistema respiratório, envolvendo pulmões (64.9%), área nasal (13.0%) e traqueia (10.4%). Por outro lado, os sorovares 5 e 14 foram basicamente isolados de cérebro, coração, articulações e líquidos cavitários. Quando relacionados à virulência, 62.5% dos sorovares altamente virulentos foram isolados a partir de locais sistêmicos e os demais procedentes do sistema respiratório. Em relação à distribuição geográfica, observamos a presença dos sorovares 1, 4, 5, 5¿12, 14, 15 e NS em praticamente todos os estados analisados. Por outro lado, os sorovares 2 e 13 somente foram detectados em SC, MT e MG, além disso o sorovar 12 ficou basicamente restrito ao RS . Os estados com maior número de amostras analisadas foram MG e SC, fato que pode estar relacionado com as altas densidades de suínos produzidos nestas regiões. Também, verificamos que ao longo da linha temporal dos isolamentos ocorreu entre os anos de 2013 a 2016, um aumento no número de isolados clínicos e entre estes, de cepas altamente virulentas. Em síntese, apresentamos neste estudo, uma atualização dos sorovares de H. parasuis associados com a DG no Brasil e, destacamos que as vacinas comerciais disponíveis em nosso pais não incluem 76.3% dos sorovares presentes em nossas granjas produtoras de suínos. Desta maneira, o sucesso da prevenção da DG em nosso país em curto prazo está condicionado ao uso de vacinas autógenas e, em longo prazo, a uma atualização da composição antigênica das atuais vacinas comerciais.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação}, note = {Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – FAMV} }