@MASTERSTHESIS{ 2017:685178271, title = {Ensino de gramática nos anos iniciais: o que dizem as pesquisas acadêmicas?}, year = {2017}, url = "http://tede.upf.br/jspui/handle/tede/1495", abstract = "Desde a década de 1980, o ensino de língua portuguesa, mais especificamente o ensino de gramática, passa por questionamentos quanto a sua pertinência, já que pautado em estratégias de transmissão e memorização de regras e conceitos da norma culta da língua. Simultaneamente, muitas concepções foram elaboradas, no intuito de oferecer uma alternativa pedagógica baseada nos aportes sociointeracionistas e funcionalistas do estudo e do ensino da língua. O presente trabalho visa sistematizar, por meio de uma pesquisa do tipo estado da arte, as contribuições que o âmbito acadêmico tem oferecido à reflexão, à crítica e às práticas que se voltam para o ensino da língua portuguesa, mais especificamente, para o trabalho com a gramática de língua nos anos iniciais de escolarização. Articula-se, dessa forma, às investigações desenvolvidas no âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Alfabetização (GEPALFA) sobre o ensino da língua portuguesa nessa etapa de ensino. Parte, inicialmente, de um estudo sobre as concepções de gramática, elaboradas no decorrer de diferentes momentos da história do ensino da língua, e de uma revisão sobre as principais críticas e propostas elaboradas sobre o ensino da gramática e sobre a reflexão linguística em sala de aula por autores dedicados a pesquisas sobre tais temáticas, na atualidade, entre eles: Geraldi (1995; 1999), Travaglia (1997; 2002), Antunes (2003; 2014), Neves (2009; 2010), Bagno (2002; 2011), Possenti (1996), Franchi (2006). Com base nessas referências, foram analisados trinta trabalhos ¿ 12 artigos, 15 dissertações e 3 teses ¿, produzidos entre 1996 e 2016, extraídos de bases de dados disponíveis a pesquisas dessa natureza. A descrição do corpus deu-se por meio das seguintes categorias: objetos de estudo, metodologias de ensino e professor Mediante a sua análise, observou-se que boa parte dos estudos analisados reitera a constatação segundo a qual, tanto nos discursos e práticas de professores, quanto em livros didáticos, há a presença constante de conteúdos de ensino identificados pela literatura de referência da área como tradicionais. De modo mais tímido, reconhece, no trabalho docente com a língua junto a classes de anos iniciais, a emergência de discursos e tentativas de ações pedagógicas orientadas pela concepção de língua em funcionamento e de texto como unidade básica de ensino e instância de interação social. Movimenta-se, ainda, no sentido de oferecer propostas que considerem a reflexão sobre a língua e sobre as suas variações essencial ao desenvolvimento de competências linguísticas. Quanto às metodologias de ensino, os trabalhos identificam uma tensão entre uma concepção tradicional de língua e de gramática e tentativas de articulação entre os diferentes eixos de ensino e o trabalho centrado no texto. As pesquisas também evidenciam limites na formação inicial do professor, a qual não provê aos futuros docentes os conteúdos que terão por ensinar. Conclui-se que, não obstante as quatro décadas de polêmicas, os estudos sobre a reflexão linguística em sala de aula dos Anos Iniciais mantêm exposta a imperiosa necessidade de uma formação e uma prática profissional que atendam às exigências de um ensino pautado pela análise dos fatos da língua, situados em diferentes contextos significativos, um ensino que crie condições ao falante de pensar e agir sobre e com a língua de modo a explorar as mais amplas possibilidades dessa ferramenta cultural e de interação social.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educação – FAED} }